Inquilinos de prédio na Luz reclamam de falta de informações sobre desocupação

  • Por Jovem Pan
  • 21/07/2017 07h18 - Atualizado em 21/07/2017 11h06
SUAMY BEYDOUN/ESTADÃO CONTEÚDO Atualmente, o prédio abriga um hotel nos pavimentos superiores e algumas lojas no térreo

Inquilinos de prédio histórico que deve ser desocupado no centro de São Paulo se queixam de falta de informações. O edifício onde funcionava o antigo Hotel Queluz fica na rua Mauá, bem próximo à estação da Luz.

Projetado pelo arquiteto Ramos de Azevedo, a estrutura do começo do século passado é tombada pelo patrimônio histórico.

Atualmente, o prédio abriga um hotel nos pavimentos superiores e algumas lojas no térreo.

Há cinco anos, o Ministério Público Federal firmou um termo de ajustamento de conduta com os proprietários do edifício.

A promotoria entendeu que as instalações da construção estavam deterioradas e o prédio corria risco de incêndio.

Nesta quarta-feira, a juíza Leila Paiva Morrison, da décima Vara Federal Cível de São Paulo, determinou a interdição e desocupação do prédio

A magistrada entendeu que os proprietários não promoveram qualquer alteração na estrutura e que há risco iminente de incêndio.

Trabalhando numa loja de roupas há 39 anos, o vendedor Sebastião Pereira Teixeira não abriu a loja nesta sexta. “E eu tinha mercadoria para receber e vim para cá, mas fiquei sabendo que a Justiça interditou o prédio. Eu fico preocupado, porque eu trabalho para pagar minhas contas”, disse.

O funcionário de um bar que fica no térreo do prédio disse que foi avisado na noite de quarta-feira sobre a decisão por uma pessoa que não se identificou.

Luiz Chalegre Ferreira afirmou que há pouco contato com os proprietários: “ontem à noite veio um cara aqui de noite”

A execução da ordem judicial deverá ser acompanhada por oficiais das polícias federal e militar e acontecerá 48 horas depois da intimação das partes envolvidas.

*Informações do repórter Tiago Muniz

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