Lava Jato gera disputa na cúpula da PF e troca de acusações na instituição

Polícia Federal

Desde o início desta semana, a Operação Lava Jato tem servido como pano de fundo para uma disputa na cúpula da Polícia Federal.

Nesta quarta-feira (15), enquanto falava sobre outra ação da entidade, no Paraná, um dos coordenadores da Força Tarefa da Lava-jato, o delegado Igor Romário de Paulo, chamou de boatos afirmações que dão conta de um desmonte da operação que investiga desvios de recursos públicos.

“Em tempos Lava Jato, muitos boatos correm com facilidade. Continuamos todos nas mesmas funções, as equipes nos mesmos tamanhos. Dr. Rosalvo está em Brasília definindo valores de recursos para a operação até dezembro, para que não fique nenhuma dúvida em relação a essa alteração hoje”, disse.

O delegado Rosalvo a quem Igor Romário se refere é, Rosalvo Franco, superintendente da Polícia Federal no Paraná. E a fala do delegado foi interpretada como uma defesa dos membros da Lava Jato para a permanência do diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, no cargo.

Isto porque, na última segunda-feira a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal, a ADPF, protocolou no Palácio do Planalto um ofício pedindo ao presidente Michel Temer a troca do comando da corporação – ou seja a substituição de Leandro Daiello.

A decisão de abrir uma campanha explícita para derrubar o diretor-geral é inédita.

O pedido da Associação agora é para que a escolha para o cargo de diretor geral venha através de lista tríplice, como já ocorre no Ministério Público, para decidir quem será o procurador-geral da República.

*Informações da repórter Helen Braun