Macron discursa no Congresso americano e se opõe a pontos que levaram Trump ao poder

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 26/04/2018 09h12 - Atualizado em 26/04/2018 09h13
EFE Emmanuel Macron, por exemplo, fechou sua visita de estado a Washington nesta quarta-feira (25) menos animado do que quando chegou

O novo normal nas relações diplomáticas mundiais é dizer alguma coisa sobre os Estados Unidos em um dia e desdizer no outro.

Emmanuel Macron, por exemplo, fechou sua visita de estado a Washington nesta quarta-feira (25) menos animado do que quando chegou.

O presidente francês, trocou beijos, sorrisos e abraços com Trump, deu a entender que tinha convencido o americano a manter o acordo nuclear com o Irã. O próprio Trump discursou neste sentido.

Mas antes de embarcar para Paris, Macron reconheceu que provavelmente Trump não deve seguir renunciando às sanções impostas ao governo de Teerã por motivos domésticos.

O chefe do Eliseu citou o Acordo Climático de Paris, que Trump também retirou os Estados Unidos, e disse que mudanças tão radicais do país podem funcionar de imediato, mas são insanas no médio e longo prazo.

O presidente francês discursou ontem em sessão conjunta do Congresso americano, como manda o protocolo, e em diversos momentos se opôs justamente a tudo o que levou Donald Trump ao poder.

Defendeu o livre comércio, criticou ideias nacionalistas, promoveu as instituições globais e ainda fez um apelo sobre as mudanças climáticas dizendo que não existe planeta B. É preciso proteger o que ainda temos.

Como de costume nessas ocasiões, os aplausos e ovações constantes vieram dos dois lados da sessão conjunta do congresso americano.

Hoje são poucos os democratas – e mesmo republicanos – que defendem as mesmas bandeiras de Trump. Até porque é bem difícil saber para onde a bússola dele está apontando a cada manhã. Ou a cada tuíte, melhor dizendo.

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