Marcas e grupos de mídia anunciam que não pretendem mais trabalhar com Mario Testino

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 15/01/2018 10h04
EFE Segundo o New York Times, diversos modelos americanos afirmam que Testino tinha um comportamento predatório e abusa constantemente de seus fotografados e assistentes

A mídia tradicional foi desafiada mais uma vez por grupos organizados no interior das redes sociais e reagiu da única maneira possível: demitiu funcionários que mantêm posturas anacrônicas, para dizer o mínimo.

A braço britânico da Condé Nast, um dos maiores grupos de mídia do mundo, anunciou neste domingo (14) que não vai trabalhar mais com os celebrados fotógrafos de moda Bruce Weber e Mario Testino.

Os dois são alvos de diversas acusações de abuso sexual de modelos masculinos nos Estados Unidos.

A tradicional marca britânica Burberry também confirmou que não pretende mais contratar o peruano Mario Testino para fotografar suas campanhas por causa das acusações.

Segundo o New York Times, diversos modelos americanos afirmam que Testino tinha um comportamento predatório e abusa constantemente de seus fotografados e assistentes.

O caso criou constrangimento ainda maior no Reino Unido porque o peruano é um dos fotógrafos preferidos da família real e ostenta inclusive a condecoração da Ordem do Império Britânico.

A editora chefe da revista Vogue americana, Anna Wintour, que é amiga dos dois fotógrafos, comentou o caso dizendo que acredita fortemente no valor do remorso e do perdão, mas acusações são muito sérias e que por isso a relação de trabalho com os dois estava encerrada por tempo indeterminado.

As denúncias de abuso sexual que começaram em Hollywood rapidamente se espalharam para outros setores da indústria criativa, tomaram conta das redes sociais e não estão poupando celebridades na Grã-Bretanha e principalmente nos Estados Unidos.

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