Mesmo lenta, recuperação econômica elevou popularidade de Obama

  • Por Jovem Pan
  • 17/01/2017 10h07
Obama considera alterações climatéricas uma ameaça para os EUA Chuck Kennedy/ TWH Presidente norte-americano está preocupado com a disseminação do vírus nas Américas

Em 05 de novembro de 2008, o jovem senador do estado de Illinois, Barack Obama, era eleito o primeiro presidente negro da história dos Estados Unidos.

As palavras do histórico discurso da vitória em Chicago indicavam um caminho de mudanças no país. E tudo passava pela economia.

O democrata assumiu a Casa Branca no auge da pior crise econômica desde 1929.

Obama defendia que o estouro da bolha imobiliária de 2008 mostrava que não poderia haver uma Wall Street forte enquanto a Main Street, de comércio ambulante, sofria.

Entre as promessas de campanha, estavam a criação de empregos e a recuperação da economia. Duas metas cumpridas.

Em 2009, o PIB encolheu 2,9%. Um ano depois, os Estados Unidos já cresciam 2,5%. A taxa de desemprego caiu de 10% em 2009 para os atuais 4,7%.

O professor do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Carlos Pinkusfeld Bastos, disse, no entanto, que a recuperação não foi na velocidade ideal. “Foi a saída de recessão dos Estados Unidos mais lenta que se tem a história das recessões americanas. Durante oito anos as famílias ficaram com renda abaixo de 2007”, explicou.

Pinkusfeld Bastos destacou que Obama enfrentou uma forte oposição republicana no Congresso, dificultando a aprovação de medidas fiscais.

O democrata falhou ainda em outro aspecto: a desigualdade aumentou. Não só a social, mas como a geográfica.

Nas grandes cidades e nos estados que ficam nas costas leste e oeste, a recuperação foi total. Mas no meio do país, a renda caiu e o desemprego cresceu.

Em 1992, o estrategista da campanha de Bill Clinton à Casa Branca, James Carville, cunhou a frase ‘é a economia, estúpido’ ao falar sobre o tema que mais interessa ao eleitor.

Vinte e cinco anos depois, Obama deixa a presidência com a popularidade em alta por causa da recuperação econômica. Mas, ao mesmo tempo, a lenta e desigual retomada da economia do país levou à derrota de sua candidata, Hillary Clinton, contra Donald Trump.

*Informações do repórter Victor LaRegina

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