Meta de Dilma para efeito estufa não é suficiente, segundo especialista

  • Por Jovem Pan
  • 01/12/2015 12h09
Roberto Stuckert Filho/PR Dilma Rousseff durante a COP21

 Presidente Dilma Rousseff defende força de lei para acordo climático e afirma que o Brasil tem a meta mais ousada de combate ao aquecimento global. Em Paris, no primeiro dia da COP-21, Dilma alinhou seu discurso com o da União Europeia, que quer validade jurídica mais forte ao tratado. Para a conferência, o país chegou com uma meta de redução de 43% das emissões de gases do efeito estufa até 2030.

A presidente disse que a proposta vai além da parcela de responsabilidade que o Brasil tem nas mudanças climáticas: “Trata-se de uma meta de redução absoluta para o conjunto da economia. Ela é sem dúvida muito ambiciosa, e vai além da nossa parcela de responsabilidade pelo aumento da temperatura média global”. A intenção da Conferência de Paris é conseguir um acordo que limite o aquecimento global a no máximo 2°C.

O secretário-executivo do Observatório do Clima, Carlos Rittl, afirma que a meta brasileira, apesar de ousada, ainda é insuficiente para a redução: “A meta do Brasil é melhor do que de outros países, mas assim como todos os grandes emissores, não é suficiente para dizer que o Brasil, se cumprir essa meta, terá feito a sua parte para evitar o aquecimento global. A gente se propõe a fazer um pouquinho mais do que os outros, mas ainda não é suficiente”. Presente na Conferência de Paris, Carlos Rittl indica que, pela primeira vez, há um engajamento de todos os países na apresentação de propostas.

No primeiro dia da COP-21, os países mais poluentes do mundo foram mais cautelosos nos discursos. O presidente americano, Barack Obama, disse acreditar na virada no combate ao aquecimento global, mas defendeu acordo apenas político para a questão. O presidente da China, Xi Jinping, disse que nações desenvolvidas devem ser mais responsabilizadas e que as emergentes precisam de liberdade para crescer.

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