Metade da nova geração de crianças paulistas é obesa e sedentária

  • Por Jovem Pan
  • 07/10/2016 11h56
Marcello Casal Jr./ABr Duas crianças paradas em frente a um parque. Uma delas está com a mão acenando Crianças à espera de adoção

O novo perfil das crianças paulistas? Meninas de 7 a 12 anos que não praticam atividades físicas e que passam mais de 4 horas por dia na frente de uma tela diariamente: que pode ser a da tv, do celular, computador ou videogame.

Mas isso não quer dizer que os garotos são mais saudáveis. Apenas são menos sedentários.

A pesquisa divulgada nesta quinta-feira (06) pelo Ibope leva em conta os hábitos e o estilo de vida de crianças que moram em São Paulo e o recorte segue a tendência mundial com níveis endêmicos.

Segundo a OMS serão mais de 75 milhões de crianças gordinhas em 2025.

Mas o estudo ainda aponta que metade das que moram em SP está acima do peso e é sedentária. Além disso, 30% das menores de 4 anos comem em frente à TV ou um tablet.

O pediatra e endocrinologista da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, Raphael Liberatore classificou a conclusão como uma bomba relógio. “Isso é uma bomba relógio. Esses meninos e meninas que são portadores de obesidade e sobrepeso, se não houver mudança de comportamento alimentar e atividade física, eles serão obesos na fase adulta com todos os problemasque a obesidade traz”, disse.

Aumento de colesterol, diabetes são alguns dos problemas que podem comprometer a saúde das próximas gerações.

Vanessa Carmo, mãe de Isabele, tem um exemplo da pesquisa dentro de casa. O filho mais velho era obeso, até a mãe mudar os hábitos alimentares da família.

Outra constatação da pesquisa, feita em parceria com a Nestlé, é o consumo maior de sódio, o sal de cozinha, e gordura pelos pequenos – abundantes em produtos industrializados.

E o inverso se confirma. 70% das crianças entrevistadas não se envolvem no preparo da comida em casa.

E quanto mais perto dessa rotina na cozinha, mais elas tendem a consumir frutas, legumes e verduras. Portanto, um ciclo vicioso e nada virtuoso que deve piorar a saúde da nova geração

*Informações da repórter Carolina Ercolin

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