Ministro: não violar direitos humanos ajuda aluno seja qual for a regra

  • Por Jovem Pan
  • 04/11/2017 14h52 - Atualizado em 04/11/2017 14h52
Wilson Dias/Agência Brasil Wilson Dias/Agência Brasil "O impacto (da regra proibindo afronta aos direitos humanos) é mínimo", diz Mendonça Filho

Em entrevista à Jovem Pan na manhã deste sábado, o ministro da Educação Mendonça Filho garantiu que o MEC respeitará a liminar da Justiça de proibir a anulação (nota zero) às redações com conteúdo ofensivo aos direitos humanos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizado neste domingo (5) e no próximo (12).

Nesta tarde, a ministra do STF Cármen Lúcia confirmou o veto às notas zeros ao rejeitar recurso da Procuradoria-Geral da União.

O ministro destacou, no entanto, que a decisão do TRF da 1ª região permite aos corretores do Enem descontar até 200 pontos dos alunos que violarem os princípios estabelecidos pela ONU em seus textos.

“O principio de não expressar sentimento de ódio, preconceito em relação à raça ou religião e incentivo às práticas condenáveis como nazismo ou terrorismo, evitar isso é algo que ajuda (o aluno) em qualquer que seja a lógica da interpretação da redação, seja a punição parcial ou total”, afirmou.

Para Mendonça, é “difícil imaginar que isso (regra) traga grande impacto sobre a maioria dos estudantes”. “O impacto é mínimo”, diz.

Segurança

O ministro também listou os itens do “aparato pessoal e tecnológico” que são usados para se evitar fraudes no Enem e afirmou que, “em termos práticos, uma prova bastante segura”.

Ele fez uma ressalva, no entanto: “em um universo de mais de seis milhões de pessoas, infelizmente você tem alguns que querem tentar obter alguma vantagem”

Mendonça sugeriu aos estudantes que realizarão o Enem “relaxar” nas últimas horas antes da exaustiva prova.

Ouça a entrevista completa abaixo:

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