Ministro se reunirá com superintendentes para “deixar tudo a pratos limpos”

  • Por Jovem Pan
  • 25/03/2017 14h54
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Ministro da Agricultura Blairo Maggi - Ag. Brasil

Após exonerar os superintendentes de Agricultura, Pecuária e Abastecimento dos estados de Goiás e Paraná, por suspeita de envolvimento no esquema de corrupçaõ desvendado pela Operação Carne Fraca da Polícia Federal, o ministro Blauro Maggi vai se reunir com os servidores que representam todos os 26 Estados mais o Distrito Federal. O encontro será na próxima segunda-feira (27) em Brasília e visa a “deixar tudo a pratos limpos”.

“A minha ideia é fazer uma conversa com todo mundo e deixar tudo a pratos limpos. Quem tiver problema que os coloque agora, quem não tiver responda por eles pela frente”, intimou o ministro, em entrevista exclusiva à Jovem Pan neste sábado (25).

Maggi não deu soluções específicas para evitar novos casos de corrupção. E assegurou a idoneidade dos servidores públicos. “Em nenhum momento há a atuação da Polícia Federal sobre a conduta de servidores públicos. E incentivo para que seja aprofundado, para que a gente limpe de vez esse processo”, pediu. Na operação da PF realizada há duas sextas-feiras (17), 37 pessoas foram presas. Depois, 33 servidores do Ministério da Agricultura foram afastados.

O ministro também reconheceu a dificuldade de se fiscalizar a conduta de todos. “Internamente nós não somos polícia”, disse. “Eu não consigo retirar uma pessoa e mandá-la embora no dia seguinte”, afirma Maggi, lembrando “todo um rito” que há nas regras do funcionalismo. “Obviamente vou torcer muito e trabalhar para que as coisas (irregularidades) sejam circunscrita a esses pontos que aí estão”, espera.

Maggi ainda minimizou a relevância de o servidor ser ou não indicado politicamente. “Você há que entender que em todos os ambientes que nós vivemos há política”, disse. “E na coisa pública não é diferente. Por menos indicação política que você tenha, os próprios servidores públicos têm seus grupos nas superintendências e às vezes abre um cabo de guerra e estoura para fora”, concluiu.

Ouça a entrevista completa do ministro AQUI.

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