MP-SP pede condenação de Nuno Cobra, preparador físico de Senna, por assédio sexual

  • Por Jovem Pan
  • 05/09/2017 08h04 - Atualizado em 05/09/2017 11h32
Johnny Drum/Jovem Pan De acordo com a investigação do Ministério Público, durante a decolagem, o agressor "passou a tocar os seios e pernas da mulher várias vezes"

O Ministério Público de São Paulo pediu a condenação de Nuno Cobra, preparador físico de Ayrton Senna, por assediar sexualmente uma mulher durante um voo de Curitiba para Congonhas, São Paulo, em 2015.

Segundo o relato da vítima e de testemunhas, o agressor se sentou ao lado da mulher no avião e começou a conversar com ela, dizendo que trabalhava com o corpo e manipulação de energias. De acordo com a investigação do Ministério Público, durante a decolagem, o agressor “passou a tocar os seios e pernas da mulher várias vezes”.

O homem foi denunciado com base no artigo 215 do Código Penal.

Segundo a procuradora da República Ana Carolina Previtalli, Nuno Cobra foi enquadrado no artigo 215 do Código Penal que se aplica em situações de violação à liberdade sexual cometidos em transportes coletivos.

“Esse crime ele vem sendo mais utilizado nas hipóteses de fraude, que seria quando a pessoa pratica ato libidinoso mediante fraude, caso típico de médico que engana paciente, enquanto a examina pratica ato libidinoso. Essa é a forma mais comum”, explicou.

No pedido de condenação, o Ministério Público sustentou que a vítima não conseguiu gritar, nem pedir auxílio, pois ficou paralisada e surpresa, reação considerada bastante comum em agressões sexuais.

O artigo 215 prevê pena de dois a seis anos de prisão. As investigações estão concluídas e a Justiça agora aguarda um veredito da juíza responsável.

O advogado de Nuno Cobra, procurado pela reportagem, preferiu não se manifestar devido ao caso estar mantido sob segredo de justiça.

*Informações do repórter Felipe Palma

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