Nova tendência adotada pelos partidos é mudar a sigla e criar slogans

  • Por Jovem Pan
  • 21/08/2017 06h32 - Atualizado em 21/08/2017 12h34
Nelson Jr./ ASICS/TSE urnas eletronicas O PT do B virou Avante; o PSDC, Democracia Cristã; o PEN, agora é Patriota; o PP, Progressistas. O PSL, Livres; E o PTN virou o Podemos

A nova moda dos partidos brasileiros é mudar o nome. Na verdade, a ideia é criar slogans. As legendas estão deixando a sigla de lado.

O PT do B virou Avante; o PSDC, Democracia Cristã; o PEN, agora é Patriota; o PP, Progressistas. O PSL, Livres; E o PTN virou o Podemos.

A ideia dos partidos é se distanciar do desgaste político e eleitoral. Principalmente, porque 2018 é ano eleitoral. O último a anunciar a mudança na denominação foi o PMDB. A sigla deverá se chamar, novamente, MDB. Segundo o presidente da legenda, senador Romero Jucá, o objetivo da mudança é ganhar as ruas: “registra como ação mais concreta e a gente quer ganhar as ruas, vamos ter nova programação”.

O MDB foi a sigla da legenda até 1980. Na época, o partido era conhecido pela oposição ao regime militar. Para o líder do PSOL na Câmara, o deputado Glauber Braga, do Rio de Janeiro, o PMDB quer enganar a população: “eles mudarem o nome para MDB não vai mudar o que eles são e o que estão fazendo nesse momento histórico brasileiro. É uma tentativa marqueteira, mas as pessoas estão atentas e não vão entrar nesse jogo”.

O peemedebista Darcísio Perondi, deputado federal pelo Rio Grande do Sul, disse que a estratégia do partido não é tão importante e classifica a mudança como maquiagem: “se não der certo o Governo neste ano e no ano que vem não adianta mudar a sigla. Para mim é maquiagem”.

O senador Álvaro Dias, líder do Podemos, defendeu que a imagem dos partidos está acabada, por isso, segundo o parlamentar, é preciso reconstruir as legendas: “os partidos acabaram. O conceito dos partidos está no chão e estamos fazendo essa tentativa de organizar um partido que se diferencia”.

Os nomes dos partidos podem até mudar, mas as prisões e processos contra inúmeros parlamentares das legendas não serão apagados.

Os Progressistas são os campeões em número de parlamentares investigados no Supremo Tribunal Federal, com 35 políticos com acusações criminais. O segundo colocado, é o PMDB, com 32 parlamentares sob suspeita.

*Informações do repórter Arthur Scotti

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