Operação Abismo: PF deflagra 31ª fase da Lava Jato no DF, RJ e SP

  • Por Jovem Pan
  • 04/07/2016 07h05
Marcelo Camargo/Agência Brasil Polícia Federal

A Polícia Federal cumpre na manhã desta segunda-feira (04) 35 mandados judiciais pela 31ª fase da Operação Lava Jato.

A ação, batizada de Operação Abismo, foi autorizada pelo juiz federal Sérgio Moro e não envolve pessoas com foro privilegiado. O nome faz referência às tecnologias de exploração de gás e petróleo em águas profundas, além da “demonstração que esquemas como estes identificados levaram a empresa [Petrobras] aos recantos mais profundos da corrupção e da malversação do dinheiro público”, segundo a PF.

Estão sendo realizadas ações em Brasília, São Paulo e |Rio de Janeiro. Entre os mandados judiciais estão quatro de prisão temporária e um de prisão preventiva.

A investigação central da 31ª etapa tem como objetivo a apuração da “fraude ao processo licitatório, o pagamento de valores indevidos a servidores da Petrobras e o repasse de recursos a partido político em virtude do sucesso obtido por empresas privadas em contratações específicas”, afirma a PF.

No Rio de Janeiro, a investigação mira o Centro de Pesquisas da Petrobras, na zona norte do Estado. Ela custou R$ 2,6 bilhões. Segundo o repórter Rodrigo Viga, a Polícia Federal investiga a montagem de um esquema dentro do Centro envolvendo serviços e materiais contratados com sobrepreço ou que, até mesmo, não tenham sido executados.

O esquema de desvio de recursos teria gerado propina de cerca de R$ 39 milhões usados para abastecimento de campanhas políticas.

Segundo o repórter em Brasília, José Maria Trindade, a nova fase da Lava Jato é um acompanhamento de outras investigações e resultado das primeiras informações da PF do criuzamentos de dados dos acordos de leniência.

Sobre o ex-tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, foram realizados mandados de busca e apreensão em sua residência em Brasília, já que ele segue preso em desdobramento de ação anterior da PF.

Ele é suspeito de ligação com o esquema da Consist, uma empresa de software que teria desviado R$ 100 milhões de empréstimos consignados enquanto Paulo Bernardo era ministro do Planejamento.

A operação conta com 110 agentes da Polícia Federal e 20 servidores da Receita Federal. Os alvos de prisão preventiva serão levados para a Superintendência da PF em Curitiba (PR).

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