Operação Carne Fraca completa dois meses com 3 frigoríficos sob vigília

  • Por Jovem Pan
  • 17/05/2017 08h21
BRA115 LAPA (BRASIL), 21/03/2017 - Detalle de personal de la línea de producción de la compañía del grupo cárnico JBS Seara en la ciudad de Lapa, estado de Paraná, Brasil, la cual fue inspeccionada por el ministerio de Agricultura de Brasil, Blairo Maggi, hoy martes 21 de marzo de 2017. Según la policía, varias de las principales cárnicas del país, entre ellas JBS y BRF, con la complicidad de fiscales sanitarios corruptos, "maquillaron" con productos químicos carnes que estaban en mal estado y no cumplían con los requisitos para la exportación.EFE/Joédson Alves Joédson Alves/EFE Frigorífico - EFE

Dois meses depois da Operação Carne Fraca, três frigoríficos continuam sob vigília e duas empresas tiveram o registro cassado.

Peccin Agro Industrial e Central de Carnes Paranaenses estão proibidas de atuar no mercado após as investigações.

Grande parte do prejuízo ficou com as empresas de maior visibilidade, o que acaba por impactar o setor.

O esforço agora se concentra em reconquistar fornecedores e consumidores para aliviar a queda nas vendas.

O presidente do Conselho Federal de Economia, Júlio Miragaya, diz que não é possível atribuir a perda de mercado somente à Operação Carne Fraca. “A dificuldade nos resultados decorre em parte da Carne Fraca, mas em parte de um câmbio apreciado. Se tivesse câmbio mais competitivo, os resultados poderiam não ser tão ruins”, disse.

Desde que a ação foi deflagrada, o volume de carne exportado caiu cerca de 15 por cento.

O valor, no entanto, não apresentou a mesma queda devido à valorização do preço no mercado internacional.

O governo segue agora com a estratégia de convencer importantes parceiros comerciais de que a carne brasileira é segura.

Para isso, o Ministério da Agricultura organizou missões para o Kuait, Arábia Saudita, Emirados Árabes, Egito, Irã, Argélia, China, Hong Kong e União Europeia.

A Rússia manifestou apoio ao Brasil e o Kuait anunciou, no último domingo, a abertura para a carne bovina, suspensa antes da Operação Carne Fraca.

O ministro interino da Agricultura Eumar Novacki comemora o resultado e aposta na consolidação do país no comércio internacional agropecuário. “Acreditamos que até o final do ano a gente consiga não só retomar a confiança consolidando o mercado, mas ampliando também a nossa participação”, explicou.

O Ministério da Agricultura trabalha para que todas as empresas tenham uma compliance, mecanismos internos anticorrupção.

Em 60 dias será entregue um código de ética do servidor, com regras claras de conduta do funcionário e da empresa.

Também será lançado o selo Agro mais integridade.

A certificação será concedida às empresas que além de aderirem à prática de compliance, seguem padrões de sustentabilidade e de responsabilidade social.

*Informações da repórter Nanny Cox

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