Operação Lava Jato denuncia empresário por corrupção e lavagem de dinheiro

  • Por Jovem Pan
  • 13/01/2017 06h59
Rio de Janeiro - A Polícia Federal e a Receita Federal deflagraram nesta manhã os trabalhos da 30ª fase da Operação Lava Jato, a operação Vício. Na foto carros da Polícia Federal chegam com malotes e computadores na sede da polícia, região portuária do Rio (Tânia Rêgo/Agência Brasil) Tânia Rêgo/Agência Brasil Polícia Federal - AGBR

A força-tarefa da Operação Lava Jato denunciou o empresário Mariano Marcondes Ferraz por corrupção e lavagem de dinheiro. Ele teria pagado R$ 868 mil a Paulo Roberto Costa, ex-diretor da área de abastecimento da Petrobras.

A propina serviria para que a empresa Decal do Brasil, da qual Ferraz é representante, tivesse contratos renovados com a estatal no porto de Suape, em Pernambuco.

A empresa foi originalmente contratada em 2006 para a prestação de serviços armazenagem e acostagem de navios por cinco anos.

De acordo com o Ministério Público Federal, havia resistência da Petrobras em realizar nova contratação porque a Decal insistia em cobrar preços majorados.

Para resolver a situação a favor da Decal do Brasil, Mariano Marcondes Ferraz ajustou o pagamento de propina com Paulo Roberto Costa.

Para ocultar a origem e movimentação criminosa do dinheiro, os valores foram pagos por meio de três repasses ao então diretor da estatal em conta offshore no exterior, caracterizando o crime de lavagem de dinheiro.

Em virtude do adiantamento da propina, em 1º de maio de 2012 foi renovado o contrato entre a Petrobras e a Decal do Brasil, para prestação de serviços de armazenagem e movimento de granéis líquidos no Porto de Suape, com validade de mais cinco anos.

O pagamento do restante do valor da propina foi efetuado entre agosto de 2012 e fevereiro de 2014.

O empresário foi preso em 26 de outubro de 2016 no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo.

Em 03 de novembro, ele pagou fiança de R$ 3 milhões e deixou a prisão.

*Informações do repórter Tiago Muniz

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