Papa Francisco pede punições severas a responsáveis por ataque terrorista na Somália

  • Por Jovem Pan
  • 19/10/2017 07h30 - Atualizado em 19/10/2017 10h54
EFE/ Said Yusuf Warsame Moradores em frente ao Safari Hotel, em Mogadíscio, capital da Somália, após explosão de caminhão-bomba Pelo menos três pessoas, incluindo uma mulher grávida, se juntaram aos outros 400 feridos pelas explosões dos carros-bomba

Em protesto contra o ato terrorista no ultimo sábado, milhares de pessoas, em sua maioria jovens, tomaram as ruas da capital Mogadíscio. Houve tiros durante uma confusão entre as forças de segurança e os manifestantes, que marcharam até o local do atentado.

Pelo menos três pessoas, incluindo uma mulher grávida, se juntaram aos outros 400 feridos pelas explosões dos carros bomba.

Nos hospitais de Mogadíscio, a falta de um banco de sangue prejudica o atendimento médico e doações são imprescindíveis.

Da Basílica de São Pedro, o Papa Francisco rezou pelas vítimas e pediu punições severas aos envolvidos: “expresso a minha tristeza em relação ao massacre em Mogadíscio na Somália que causou a morte de 300 pessoas, incluindo crianças. Esse ato terrorista merece uma condenação severa porque almejou e feriu a população, que já tanto sofreu”.

Nenhum grupo assumiu a autoria do atentado até o momento. Mas o presidente do país, Mohamed Abdullahui, garantiu que há marcas dos radicais islamitas AL Shabbab, ligado à rede Al Qaeda.

“Eu achei que eles iriam reivindicar o ataque, mas talvez eles sintam que essa foi uma enorme responsabilidade para assumir. O atentado tem a toda a característica deles, é o que eles fazem. Tendo êxito aqui, é mais fácil promover outros ataques nos Estados Unidos e na Europa”, disse.

O grupo Al Shebbab quer derrubar o governo central da Somália, apoiado pela comunidade internacional e pelos 22 mil soldados da União Africana.

Eles foram expulsos da capital do país em agosto de 2011 e, ao longo dos anos, foram perdendo. Mas os rebeldes continuam a controlar as áreas rurais e lançam ataques contra as alianças militares, governamentais e civis, bem como ataques terroristas no Quênia.

*Informações do repórter Victor Moraes

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