Polícia Federal deflagra 9ª fase da Operação Acrônimo

  • Por Jovem Pan
  • 23/09/2016 07h03
Marcelo Camargo/Agência Brasil Polícia Federal

A Polícia Federal deflagra na manhã desta sexta-feira (23) uma nova fase da Operação Acrônimo. Agentes seguem nas ruas cumprindo ordens judiciais. A operação investiga esquema de lavagem de dinheiro em campanhas eleitoras e recebimento de vantagens indevidas por parte de agentes públicos envolvendo verbas do BNDES na gestão do governador de MG, Fernando Pimentel (PT), quando comandava o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

O secretário de Estado de Casa Civil e de Relações Institucionais de Minas, Marco Antônio de Rezende Teixeira, é um dos alvos desta nova fase com mandado de condução coercitiva. Contratos com a empreiteira OAS também estão sendo investigados.

Pessoas relacionadas as empresas de consultorias MOP e OPR em MG também são alvo da operação da PF.

Apenas mandados de condução coercitiva e busca e apreensão serão realizados; não há prisões.

A 9ª fase também investiga outro esquema paralelo supostamente envolvendo Pimentel com a OAS.

Fase anterior

A Polícia Federal (PF) deflagrou no dia 15 deste mês a 8ª fase da Operação Acrônimo. O objetivo desta etapa foi recolher elementos que possam ajudar a esclarecer a atuação de uma organização criminosa especializada na obtenção de benefícios junto ao Governo Federal por meio de pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos.

Foram cumpridos 20 mandados judiciais determinados pela 10ª Vara Federal do Distrito Federal, sendo 11 conduções coercitivas e nove mandados de busca e apreensão nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, além do Distrito Federal.

A 8ª fase focou dois inquéritos policiais. Um deles refere-se à cooptação e pagamento de vantagens indevidas para fraudar licitações no Ministério da Saúde, beneficiando gráfica da propriedade de um dos investigados.

O outro evento apurado é a interposição de empresa na negociação e pagamento de vantagens indevidas a agente público, para obtenção de financiamentos de projetos no exterior pelo BNDES (República Dominicana, Angola, Cuba, Panamá, Gana e México) no interesse de uma grande empreiteira do Brasil.

Envolvimento de empreiteira

O diretor da Odebrecht João Carlos Mary Nogueira foi alvo, na 8ª fase, de mandado de condução coercitiva e de busca e apreensão.

Nogueira foi levado a depor na Superintendência da PF no Rio de Janeiro. Ele é um dos diretores que fazem delação premiada pela Odebrecht na Operação Lava Jato. Na Acrônimo, a empreiteira é acusada de pagar propina de U$ 7,6 milhões em troca de contratos com o BNDES no valor de U$ 3 bilhões.

*Mais informações em instantes

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