Polícia investiga se houve racha em acidente que matou comissário na Bandeirantes

  • Por Jovem Pan
  • 15/07/2017 09h02 - Atualizado em 15/07/2017 12h35
EDU SILVA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Acidente envolvendo dois veículos deixou um morto na Avenida dos Bandeirantes, Zona Sul de São Paulo (SP), na madrugada desta sexta-feira (14). De acordo com o Corpo de Bombeiros, o comissário de bordo Alexandre Storian, de 43 anos, morreu carbonizado após o veículo em que estava pegar fogo. O outro motorista envolvido fugiu sem prestar socorro

O motorista envolvido em acidente que matou carbonizado comissário de bordo na Zona Sul de São Paulo foi preso e a polícia investiga se houve racha. O advogado Artur Falcão Sfoggia, de 33 anos, que abandonou o local sem prestar socorro, se apresentou nesta sexta-feira na delegacia do Brooklin.

Ele dirigia o Volkswagen Jetta que causou o grave acidente na madrugada de ontem na avenida dos Bandeirantes, perto da rua Porto Martins. O automóvel descontrolado atingiu o Peugeot 207, onde estavam o comissário de bordo, Alexandre Stoian, de 43 anos, e a esposa dele, Fernanda. O impacto da batida fez com que o carro do casal pegasse fogo; Fernanda conseguiu escapar pela janela, mas Alexandre desmaiou ao volante.

Artur foi levado a um centro de detenção provisória. A irmã do comissário de bordo, Valéria Stoian, pede que os crimes não fiquem impunes.

“Isso não pode ficar “Isso não pode ficar impune. Porque amanhã pode ser nossos filhos, pode ser mais vítimas. Pra nós, família, a gente só quer ter o direito de enterrar o meu irmão. Essa pessoa tirou o direito dos meus pais poder dar um beijo no rosto do meu irmão. Ele foi todo queimado. Não tem nada do meu irmão mais”, disse, com a voz embargada, a irmã da vítima.

Arthur Sfoggia foi indiciado por homicídio doloso qualificado, lesão corporal, fuga do local de acidente, omissão de socorro e porte de entorpecente. O delegado Anderson Pires Giampaoli diz que a polícia encontrou drogas e bebida no carro e que o envolvimento em um racha está sendo investigado.

“No curso do inquérito nós vamos saber se ele estava ou não praticando o racha. Que, segundo o depoimento de testemunhas, e segundo o que a perícia do local verificou com relação à frenagem dos veículos, é possível que o racha também reste configurado no curso da investigação”, afirmou.

O presidente da comissão de trânsito da OAB de São Paulo ressalta que quem causa um acidente de trânsito precisa ajudar a vítima. Maurício Januzzi diz que o ato deve ser feito não apenas por solidariedade, mas também porque fugir é crime pelo código de trânsito:

“O primeiro aspecto é o dever de solidariedade e segundo o aspecto criminal do código de trânsito brasileiro que diz que aquele que foge do local do acidente automobilístico para se isentar da responsabilidade cível ou criminal inerentes a ela comete crime previsto no código de trânsito brasileiro”, disse Januzzi.

O advogado Arthur Sfoggia chegou a dizer que o carro dele estava em alta velocidade porque ele fugia de um assalto. Ele mudou a versão depois e admitiu que passou a noite numa casa noturna na Água Branca, Zona Oeste da capital paulista.

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