Premiê francês anuncia reforma trabalhista visando diminuir taxa de desemprego

  • Por Jovem Pan
  • 01/09/2017 11h15 - Atualizado em 01/09/2017 11h52
EFE O primeiro-ministro Edouard Phillippe disse que o objetivo do governo é lutar contra a alta taxa de desemprego que vive o país

O governo francês apresentou as propostas para a reforma trabalhista, uma das mais ambiciosas do presidente Emmanuel Macron. Pequenas e médias empresas que representam 84% das empresas do país e empregam cerca de 50% da mão-de-obra nacional serão beneficiadas.

As medidas reforçam o poder de negociação das empresas sobre as condições de trabalho e também limitam as indenizações por demissões sem justa causa, para beneficiar as contratações.

O primeiro-ministro Edouard Phillippe disse que o objetivo do governo é lutar contra a alta taxa de desemprego que vive o país, que atinge 10 por cento da população: “o direito do trabalho está no coração do modelo social francês e ele vai continuar. A sua primeira missão é de proteger, inserir ao mercado de trabalho aqueles que estão desempregados, permitir a elaboração de um diálogo social construtivo e ajudar as pequenas empresas a s desenvolverem”.

Durante décadas, governos de esquerda e de direita tentaram reformular a legislação trabalhista, bastante rígida do país, mas sempre voltaram atrás, diante dos protestos nas ruas.

E esses protestos quase sempre são propostos pelos sindicatos.

O secretário-geral da CGT, um dos principais sindicatos franceses, Philippe Martinez, disse que a reforma trabalhista de Macron não é algo novo e sim o que os governos já propõe há pelo menos 20 anos.

”Ele se apresenta como um homem novo, jovem, e suas primeiras medidas são a nós conhecemos há pelo menos 20 anos. Só essa é a sétima proposta de reforma trabalhista, dizendo que tem que mudar isso, aquilo, mas a verdade é que o desemprego continua. Para mim, não tem nenhuma relação entre o direito coletivo e a luta contra o desemprego”, afirmou.

Martinez convocou os trabalhadores, aposentados e jovens para participar de uma manifestação contra a reforma trabalhista no dia 12 de setembro.

A nova legislação será aprovada por decreto presidencial autorizado pelo parlamento e deverá entrar em vigor ainda este mês.

*Informações do repórter Victor Moraes

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.