PSB prioriza Estados e apoio à candidatura de Alckmin fica cada vez mais difícil
PSB prioriza Estados, com isso, apoio nacional ao PSDB e à candidatura de Geraldo Alckmin ficam cada vez mais distantes em 2018.
Em São Paulo, o presidente e 28 deputados do PSB se reuniram com o vice-governador Márcio França em aprovação a disputa ao Palácio dos Bandeirantes.
Geraldo Alckmin teria então dois palanques em São Paulo, um nome do PSDB, o mais cotado João Doria, e a tentativa de reeleição de Márcio França.
O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, descartou decisão agora e disse que a prioridade são as candidaturas estaduais: “nós temos hoje nove candidaturas a governador, todas elas competitivas. Estamos tratando de fortalecer esse projeto para depois tratarmos da sucessão presidencial das coligações”.
Márcio França assumirá o governo paulista em abril, com a saída obrigatória de Alckmin para disputar as eleições presidenciais em outubro.
O tucano busca apoio nacional do PSB, mas o líder do partido na Câmara, Júlio Delgado, sintetizou a dificuldade para um consenso em favor do PSDB: “isso acontece desde a época do Eduardo Campos, quando ele não teve unanimidade. Mas a gente tenta encontrar o consenso maior possível”.
A harmonia entre PSB e PSDB é rara, a começar por Pernambuco, berço do partido, com ampla tendência de apoio ao PT no passado recente.
Em Minas Gerais, o PSDB defende Antonio Anastasia, enquanto o PSB Márcio Lacerda e o presidente nacional tucano, Geraldo Alckmin, apoia o seu colega: “o Anastasia é a candidatura natural, é um dos melhores gestores do Brasil. MG precisa do Anastasia”.
Fica cada vez mais claro que o PSDB de Geraldo Alckmin não deve esperar pelo apoio do PSB em âmbito nacional na disputa presidencial em 2018. Mas o maior problema reside justamente em São Paulo, pelo desejo do vice Márcio França de ser candidato, diante da disputa direta com o PSDB.
*Informações do repórter Marcelo Mattos
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