Reforma trabalhista transforma CLT em “lugar mais amigável”, avalia economista
O Senado aprovou na noite desta terça-feira (11) o texto da reforma trabalhista, que agora segue para sanção presidencial. Alvo de críticas por parte da oposição, a reforma foi aprovada por 50 senadores contra 26.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o economista Hélio Zylberstajn elogiou a reforma e os benefícios que ela traz consigo. “Ela transformou a CLT em um lugar mais amigável para coisas que já existem e são informais”, como o contrato intermitente e o home office.
“Essa reforma é tão surpreendentemente ampla que é difícil dizer o que é mais importante, porque vai ser importante de formas diferentes para empresas e trabalhadores. Vamos ver agora o período do ‘tratamento dos calos’. Cada um tem um calo que aperta de uma forma diferente. A grande novidade da reforma é que ela permite que se negocie os direitos trabalhistas que existem”, disse.
O especialista ressaltou ainda que tudo poderá ser negociado, menos o que afeta a saúde e a segurança do trabalho. Além disso, nenhuma alteração poderá ser feita unilateralmente pela empresa – deverá ser negociado com o sindicato.
Mais empregos?
Segundo Zylberstajn, a reforma não é garantia de retomada do crescimento da oferta de vagas de trabalho. “O objetivo da reforma não é esse, embora o discurso do Governo utilizado seja isso. O que gera emprego é o crescimento. Precisamos consumir e investir mais para crescer e gerar emprego”, explicou.
Confira a entrevista completa:
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