Sem esperança de aprovar reforma política, parlamentares tentam salvar pontos de interesse

  • Por Jovem Pan
  • 20/09/2017 06h37 - Atualizado em 20/09/2017 09h31
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Para ser aplicada nas eleições de 2018, a nova legislação teria que estar aprovada e promulgada até o dia 07 de outubro

Não haverá uma reforma política. Esta já é uma constatação dos líderes dos partidos. A estratégia, agora, é tentar salvar pontos defendidos pelos parlamentares, como o fim das coligações para 2020 e o financiamento da campanha eleitoral.

O presidente do Senado, Eunício Oliveira, decidiu reagir diante da derrota na Câmara e quer retomar o debate. Ele criou um grupo de senadores para elaborar um fundo eleitoral com recursos novos.

A avaliação é de que o projeto será votado rapidamente no Senado e enviado para a Câmara, na tentativa de regulamentar o único interesse dos deputados na reforma: o financiamento.

O líder do DEM, deputado Efraim Filho, lamentou o impasse na mudança da legislação sobre as eleições. Ele não acredita mais: “a pior resposta que podemos dar para a sociedade é a inércia, a omissão, é deixar vazio e lacuna para amanhã ser preenchido pelo poder Judiciário e nós perderemos o direito de reclamar de algo que não ajudamos a construir”.

O ex-ministro Afif Domingos lidera a reação nacional contra o distritão e quer o distrital, mesmo que para as eleições de 2020: “temos que fazer um grande esforço. Que ele o seja pelo menos para 2022, aí você vai ter mudança estrutural grande, mas que se vote agora”.

Para ser aplicada nas eleições de 2018, a nova legislação teria que estar aprovada e promulgada até o dia 07 de outubro. A avaliação é de que não há mais tempo, a não ser que um acordo geral seja fechado.

*Informações do repórter José Maria Trindade

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