Sérgio Machado: conheça o homem que está tirando o sono dos políticos

  • Por Jovem Pan
  • 28/05/2016 13h54
O presidente da Petrobras Transporte (Transpetro), Sérgio Machado, durante entrevista no centro do Rio de Janeiro. - Crédito:TASSO MARCELO/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/Código imagem:179269 Tasso Marcelo / Estadão Conteúdo Sérgio Machado

 Os caciques do PMDB Romero Jucá, Renan Calheiros e José Sarney foram os primeiros alvos das gravações feitas por Sérgio Machado. Aquele que se gabava de ser o presidente mais longevo da Transpetro, uma subsidiária da Petrobras mergulhada na corrupção, hoje apavora os políticos.

Os áudios tem pouca qualidade, mas o conteúdo já sinaliza o estrago que a delação premiada de Sérgio Machado, já homologada pelo STF, poderá provocar.

O cearense comandou a Transpetro de 2003, no início do governo Lula, a 2014: foram 11 anos e 4 meses. A trajetória acabou interrompida por um pedido de licença após o nome dele ser envolvido no escândalo do Petrolão, investigado pela Lava Jato.

Sérgio Machado foi dono de uma fábrica de Jeans, no Ceará, e entrou para a política em 1986. Ele é filho de Expedito Machado da Ponte, ministro de Viação e Obras Públicas de João Goulart, presidente derrubado pelos militares em 1964.

Com fala firme e enfática, tentava se aproximar dos trabalhadores, durante o período na Transpetro. Nos anos 80, Sérgio Machado, filiado ao PSDB, trabalhou no governo de Tasso Jereissati, no Ceará.

Em 1990, se elegeu deputado federal – votou a favor do impeachment de Fernando Collor. Na legislatura seguinte, assumiu uma vaga no senado e foi líder do governo de Fernando Henrique Cardoso. Sérgio Machado fazia bem a lição de casa de “exaltar o Brasil sempre que possível”.

Em 2002, já filiado ao PMDB, Sérgio Machado perdeu a disputa pelo governo do Ceará, mas com o apoio à candidatura de Lula e o auxílio do padrinho político Renan Calheiros, ele se credenciou para assumir a Transpetro.

Formado em administração, Sérgio Machado ganha status de “homem bomba”. Ele está disposto a não cair sozinho em meio à corrupção investigada pela operação Lava Jato.

Reportagem: Thiago Uberreich

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