STF retoma nesta quinta (17) julgamento sobre o uso do amianto no País

  • Por Jovem Pan
  • 17/08/2017 09h30 - Atualizado em 17/08/2017 16h51
Nelson Jr./SCO/STF O amianto é uma fibra mineral usada na fabricação de telhas e outros produtos como caixas d'água

O Supremo Tribunal Federal retoma nesta quinta-feira (17) o julgamento sobre o uso de amianto no Brasil. O amianto é uma fibra mineral usada na fabricação de telhas e outros produtos como caixas d’água.

Este material já foi proibido por falta de segurança em mais de 60 países. Oito Estados e 16 municípios brasileiros já aprovaram leis que restringem a utilização e a comercialização da fibra.

Estas proibições já fizeram com que diversas empresas retirassem o amianto da produção. Por enquanto, o placar do STF tem dois votos a favor do banimento.

Na última quarta-feira (16), o único a votar foi o ministro Dias Toffoli, que se colocou a favor das leis estaduais.

O executivo Rui Inocêncio, diretor de Relações Institucionais da Indústria Imbralit, disse que o custo da fabricação sem amianto é maior e, por isso, os consumidores ainda não abandonaram o produto. “O revestimento sem amianto tem custo de fabricação maior e tem características de comportamento do produto, que em um primeiro momento, podem ser percebidos como de qualidade inferior. Isso foi sensação que percebemos no mercado nos primeiros meses de adequação deste produto”.

A Imbralit afirma que não utiliza mais o amianto em seus produtos desde outubro de 2015.

Empresas do setor que ainda usam o produto dizem que a decisão do Supremo Tribunal Federal favorável ao banimento terá grande impacto em uma atividade que gera 170 mil empregos diretos e indiretos.

A Organização Mundial da Saúde aponta que, atualmente, são registradas no mundo 107 mil mortes de doenças relacionadas à exposição do amianto

A OMS também diz que 125 milhões de trabalhadores ainda estão em contato com o material em todo o mundo.

Nos últimos anos, o uso deste material no Brasil está diminuindo.

Em 2011, eram 306 mil toneladas de amianto; já em 2016, foram 177,6 mil toneladas; uma redução de 42%.

*Informações do repórter Bruno Escudero

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