Universidades reagem à intenção do CRM-SP de criar prova para recém-formados

  • Por Jovem Pan
  • 26/02/2018 07h11
Pixabay Estetoscópio e caneta em cima de folha de papel O modelo seria parecido com o Exame da Ordem, aplicado pela OAB para definir se os bacharéis em Direito poderão se tornar advogados

O Conselho Regional de Medicina de São Paulo quer tornar obrigatória a prova para recém-formados, mas universidades reagem à medida.

O modelo seria parecido com o Exame da Ordem, aplicado pela OAB para definir se os bacharéis em Direito poderão se tornar advogados.

A diferença, no caso dos médicos, é que seriam três testes: no segundo, no quarto e no sexto ano do curso.

Os dois primeiros serviriam apenas para avaliar a qualidade das graduações, enquanto o último definiria se o aluno está habilitado para exercer a profissão.

A discussão já chegou ao Congresso Nacional, em um projeto de lei do senador Pedro Chaves (PSC-MS).

O presidente do Cremesp, Lavínio Camarin, disse que a decisão de aplicar três provas torna a medida ainda mais segura: “você ainda tem tempo de recuperar tanto o aluno quanto a faculdade. Isso é importante, e aí no sexo ano seriam exames semelhantes à OAB”.

O modelo defendido pelo presidente do Cremesp enfrenta a resistência das universidades, que classificam a medida como ilegal.

O diretor jurídico do Sindicato das Mantenedoras do Ensino Superior, José Roberto Covac, disse que os conselhos não podem fazer avaliações: “a Constituição estabelece a divisão de competências. Compete ao MEC avaliar e regular o ensino superior”.

Para Covac, o exame obrigatório não garante a qualidade na formação dos médicos.

Na última edição da prova do Cremesp, o índice de aprovação ficou em 64,6%, superando a casa dos 60% pela primeira vez em dez anos.

*Informações do repórter Vitor Brown

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