Vaccari e dirigentes transformaram a Bancoop em “balcão de negócios criminosos”, diz promotor

  • Por Jovem Pan
  • 30/01/2016 14h31
Márcia Kalume - Agência Senado No Senado

Citada recentemente por conta do escândalo que envolve o ex-presidnete Lula e o triplex no Condomínio Solaris, no Guarujá (SP), a Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo) ainda enfrenta dificuldades para encerrar a investigação que lesou mais de 3,5 mil pessoas.

Em entrevista à Jovem Pan, o promotor do Patrimônio Público de São Paulo, José Carlos Blat, afirmou que o processo, que teve início em 2007, deveria ter sido terminado em 2012, mas deve se arrastar até o final deste ano. Para ele, o ex-presidente da Cooperativa, João Vaccari Neto e os dirigentes “transformaram o sonho da casa própria em pesadelo e fizeram da Bancoop um balcão de negócios criminosos”.

“Naquele momento [em 2007], recebi vários depoimentos, pedi a quebra de sigilo bancário da Bancoop e descobri uma série de empresas-laranjas que faziam movimentação financeira criminosa para fomentar campanha político-partidárias do PT e para alguns de seus dirigentes. Nesta perspectiva começamos a investigação e vimos série de fatos que chamaram atenção. E acabou culminando em 2010 com um processo criminal contra João Vaccari Neto e outros dirigentes por lavagem de dinheiro, estelionato, organização criminosa, vários crimes”, explicou.

O caso, que já é antigo, não levou ninguém à cadeia ou aplicou punições, mas alguns processos criminais chegaram a ser realizados. As partes agora manifestam-se em alegações finais e, segundo Blat, deverá ser proferida em breve a sentença de condenação ou absolvição de Vaccari e demais envolvidos.

Em relação ao apartamento que supostamente seria do ex-presidente Lula, o qual seu Instituto alega que a residência tenha sido obtida por compra de cotas da Bancoop, o promotor desmentiu. “A partir de 1999, a Bancoop não tinha mais sistema de cotas. O cidadão entrava na cooperativa, ia pagando prestações e depois era sorteado o número do apartemtno que poderia habitar. As pessoas se dirigiam ao estande de vendas da Bancoop, assinavam um termo com a cooperativa com algo absolutamente concreto. As pessoas compravam unidades Bancoop, mas não existia qualquer sistema de cotas, a partir deste período”, alegou.

Sobre o depoimento do ex-presidente e de sua esposa, Marisa, Blat ressaltou que o que for produzido a partir disso “pode colaborar com algumas questões na esfer

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