Vacina de febre amarela pode entrar no calendário de imunização de todo o país

  • Por Jovem Pan
  • 26/06/2017 08h47
vacina - febre amarela EFE vacina - febre amarela

Parece que faz tempo, mas foi há poucos meses que a população amanhecia em frente postos de saúde em busca da vacina contra febre amarela. Ao mesmo tempo em que casos se confirmavam e mortes se somavam dia a dia, especialmente no sudeste do Brasil.

Agora, o ministério da Saúde faz as contas e vai avaliar se incluirá de vez a imunização no calendário vacinal de todo o país. Hoje apenas parte dos municípios brasileiros, cerca de 60%, integram a área de recomendação permanente de vacinação.

Vivemos em 2017 o maior surto já registrado da doença, com 792 casos confirmados contra 7 em todo o ano passado. Desses, 274 acabaram em morte segundo o último boletim epidemiológico. Minas Gerais teve 60% das ocorrências e o Espírito Santo, 31%.

A febre amarela existente hoje no país é a de transmissão silvestre, que ocorre em áreas rurais e de mata. E mesmo com o fim da epidemia, os números continuam em escalada, mas em menor potencial. Na semana passada governo do Estado confirmou um novo caso de febre amarela em Bom Jesus do Itabapoana, no Norte Fluminense. Ao todo, o Rio de Janeiro contabiliza oito óbitos.

O vice-presidente da Sociedade brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, diz que há uma inclinação natural para ampliar a cobertura da vacina para todo o território nacional. Segundo Kfouri, mudanças deste porte não devem ser planejadas a toque de caixa. Assista abaixo:

Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz descobriram que o vírus causador do surto tem uma sequência genética jamais vista e que pode ter contribuído para o seu tamanho. No entanto, novos testes devem apontar se, de fato, ele circulou em todas as áreas mais afetadas.

Em nota, o Ministério da Saúde afirma que o surto está controlado e não informa se adotará a vacina de forma nacional. Diz apenas que é necessário manter as ações para evitar uma possível volta das notificações, com a vacinação em áreas de risco, controle de vetor, educação em saúde para população, capacitação de profissionais de saúde, além da intensificação das ações de vigilância de epizootias.

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