Zara Brasil é responsabilizada por caso de trabalho escravo em 2011
Justiça responsabiliza Zara Brasil por caso de trabalho análogo à escravidão flagrado há 6 anos.
Em agosto de 2011, uma ação do Ministério do Trabalho encontrou 16 trabalhadores em condições irregulares produzindo peças para a multinacional.
De acordo com os fiscais, os funcionários chegavam a trabalhar 20 horas por dia em ambiente insalubre.
Desde a ocasião a marca alega que a responsabilidade é do fornecedor, a confecção AHA.
O acórdão divulgado na última terça considera impossível a Zara não conhecer as condições de trabalho dos funcionários de seus fornecedores.
O relator do caso, o desembargador Ricardo Arthur Costa Trigueiros diz haver uma “cegueira conveniente”.
A Zara Brasil recorrerá da decisão e disse em comunicado que a situação isolada de um fornecedor não reflete o sistema de monitoramento da cadeia de produção da empresa.
A decisão pode colocar a Zara na chamada “lista suja” do Ministério do Trabalho, documento que conta com o nome de organizações flagradas fazendo uso de trabalho escravo moderno.
*Informações da repórter Nanny Cox
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