BR poderá competir em igualdade de condição e superar distribuidoras, diz Parente

  • Por Jovem Pan com Estadão Conteúdo
  • 15/12/2017 16h13
EFE/Hedeson Alves Parente reafirmou a meta da empresa de concluir seu plano de desinvestir US$ 21 bilhões no biênio de 2017 e 2018

Com a abertura de capital da BR Distribuidora, a companhia terá total autonomia de gestão e poderá competir, com igualdade de condições, e superar as demais distribuidoras, disse o presidente da Petrobras, Pedro Parente, em cerimônia de comemoração da oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da BR, que rendeu à petroleira cerca de R$ 5 bilhões, o maior IPO desde 2013 na bolsa brasileira.

A ação da BR foi precificada em R$ 15, no piso da faixa indicativa de preço, que ia até R$ 19. A demanda dos investidores superou a oferta em cerca de três vezes, apurou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. A ação ON subia 2,87%, a R$ 15,43. Um dos atrativos, na visão de investidores, foi exatamente o desconto em relação à Ultrapar, dona das marcas Ipiranga, calculado em cerca de 35%.

Com esse dinheiro em caixa, visto que a oferta foi secundária e a Petrobras vendeu cerca de 30% da BR, Parente reafirmou a meta da empresa de concluir seu plano de desinvestir US$ 21 bilhões no biênio de 2017 e 2018.

Parente citou a melhoria em toda a estrutura de governança da BR, que foi listada no Novo Mercado, segmento de mais elevadas práticas de governança corporativa da B3. “É essencial que a empresa mantenha as suas boas práticas de governança corporativa”, disse. O executivo afirmou que a BR melhorará sua gestão, de forma ética e também atenta à rentabilidade.

Ele disse ainda que a meta da estatal é de que todas as duas subsidiárias e coligadas estejam enquadraras nas melhores práticas de governança corporativa.

O presidente da BR, Ivan de Sá, destacou que a governança da companhia hoje supera a exigida pelo Novo Mercado e que a equipe está engajada para entregar rentabilidade, indo além do que já tem como compromisso. “Haverá um grande esforço para entrega de resultados”, disse.

O presidente da B3, Gilson Finkelsztain, disse que a oferta da BR traz a atenção para a Bolsa e para o mercado de ações no Brasil. A operação, segundo ele, marca a bolsa como uma plataforma para obtenção de recursos pelas companhias. “A nova fase da BR fica agora evidente com a operação”, avaliou, acrescentando que o futuro das empresas passará pela Bolsa. O executivo disse, porém, que “Brasília precisa entender a importância do mercado de capitais”.

O clima na estreia da BR era de festa, com os principais executivos da Petrobras, BR e B3 vestidos de frentistas. O antigo pregão da Bolsa também estava cheio e decorado, incluindo com um loja “BR Mania”.

O ano de 2017 foi o mais aquecido para IPOs na Bolsa brasileira, com um movimento de cerca de R$ 40 bilhões, o maior volume desde 2009.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.