Desemprego dividirá foco com Lula em atos de 1º de Maio em SP

  • Por Jovem Pan
  • 30/04/2018 16h41 - Atualizado em 30/04/2018 16h41
Reprodução/ UGT.org.br Reprodução/ UGT.org.br "Tem centrais que vão utilizar (o caso Lula) com mais veemência", diz Ricardo Patah, da UGT

Com o ex-presidente Lula preso, as centrais sindicais concentram os eventos de 1º de Maio (Dia do Trabalhador) em Curitiba, mas nem todas as entidades farão defesa enfática do petista.

A ideia é retomar o debate sobre as lutas encampadas pelo ex-presidente da República.

Além das críticas à situação dele, os manifestantes prometem atacar a reforma trabalhista e citar os números do desemprego.

O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, considera importante destacar a figura de Lula no 1º de Maio.

“Foi uma rapidez exagerada, uma maneira de tirá-lo das eleições, uma maneira de prejudicá-lo através da 2ª instância, que se tornou uma ameaça de perseguição. Na 2ª instância, quem tem poder no Estado pode influenciar, pode prejudicar aqueles que estão na Justiça”, disse Juruna.

Apesar das mobilizações em Curitiba, Juruna lembra que a festa da Força Sindical na Praça Campo de Bagatele está mantida.

O presidente da União Geral dos Trabalhadores, Ricardo Patah, dá a entender que o desemprego deve ganhar mais destaque do que a prisão de Lula.

“Lógico que tem centrais que vão utilizar (o caso Lula) com mais veemência. A UGT vai usar como veemência a sua contrariedade à legislação trabalhista”, disse Patah, destacando que haverá, no entanto, uma “expressão de solidariedade” ao ex-presidente. “O desemprego, que chegou a 13,1%, na casa de 14 milhões de pessoas. A reforma trabalhista prometeu gerar emprego e não só não cumpriu, como está gerando desemprego, afirmoiu

O presidente da UGT, Ricardo Patah, considera as mobilizações importantes, principalmente em ano eleitoral.

Em São Paulo, a CUT, Central Única dos Trabalhadores, fará a festa de primeiro de maio na praça da República.

As informações são do repórter Thiago Uberreich ao Jornal Jovem Pan.

Ato único em Curitiba

As maiores e principais centrais sindicais do País planejam para este 1.º de Maio, em Curitiba, ato “Em Defesa dos Direitos e por Lula Livre”. O ex-presidente cumpre pena de 12 anos e um mês de reclusão em uma ‘sala especial’ no último andar da sede da Polícia Federal na capital paranaense desde a noite de 7 de abril.

Segundo o PT, será a primeira vez, desde a redemocratização, que as sete maiores centrais vão se unir para o 1.º de Maio. O partido divulgou em seu site que “a defesa da liberdade do ex-presidente Lula” unificou CUT, Força, CTB, NCST, UGT, CSB e Intersindical. A sigla sustenta que Lula é “preso político”.

O ex-presidente foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do triplex do Guarujá. Segundo a Operação Lava Jato, Lula recebeu propina de R$ 2,2 milhões da OAS na forma de ampliação e melhorias do imóvel situado no litoral paulista, que o petista afirma não ser seu.

Lula responde a mais seis processos criminais, quatro em Brasília e dois sob condução do juiz Sérgio Moro – um sobre o sítio de Atibaia, que o ex-presidente também afirma não ser seu, e o outro sobre suposta propina da empreiteira Odebrecht para aquisição de um apartamento vizinho ao imóvel onde reside em São Bernardo do Campo e de um terreno onde seria instalada a futura sede do Instituto Lula. Em todos os casos, o ex-presidente nega a prática de qualquer ato ilícito.

Segundo o PT, como tem ocorrido desde a instalação da Vigília Lula Livre na capital paranaense, a manifestação desta terça, 1, será a partir das 14h na Praça Santos Andrade (Praça da Democracia), no centro histórico de Curitiba, e “terá um forte ingrediente cultural, com apresentação de artistas conhecidos por terem posicionamento em defesa da democracia, como Beth Carvalho, Ana Cañas, Maria Gadu, o rapper Renegado e muitos artistas locais”.

Com informações complementares de Estadão Conteúdo

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.