Repórter da JP revela desespero da esposa em tiroteio no RJ: “se joga no assoalho do carro e reza”

  • Por Jovem Pan
  • 22/09/2017 15h05 - Atualizado em 22/09/2017 15h09
Tomaz Silva/Agência Brasil RJ - TIROTEIO ROCINHA/ZONA SUL - GERAL - Intenso tiroteio num dos acessos à favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio de Janeiro (RJ), fecha a autoestrada Lagoa-Barra nos dois sentidos, na manhã desta sexta-feira (22). As pessoas que cruzavam a passarela sobre a via expressa, perto do Túnel Zuzu Angel, em São Conrado, se jogaram no chão para se proteger dos disparos. Em meio aos tiros, um grupo ateou fogo em objetos que foram jogados na pista da autoestrada, também próximo ao Zuzu Angel As pessoas que cruzavam a passarela sobre a via expressa, perto do Túnel Zuzu Angel, em São Conrado, se jogaram no chão para se proteger dos disparos

O Rio de Janeiro está vivendo um momento de caos com a guerra com as Forças Armadas e a Polícia Militar de um lado e os criminosos do outro. Diante desse cenário, o repórter da Jovem Pan Rodrigo Viga revelou o drama que sua esposa viveu na cidade na manhã desta sexta-feira (22). De acordo com ele, a sua mulher estava no túnel Zuzu Angel, próximo à favela da Rocinha, quando o local foi bloqueado pelos militares devido ao tiroteio.

“Pânico, desespero, todo mundo chorando sem saber o que fazer. Eu tentei manter a calma, falei ‘mantenha-se o máximo tranquila que você puder’, e ela falou ‘mas tem gente de fuzil passando do lado do meu carro. É um desespero danado, é um pânico, eu não posso fazer nada’. Eu falei ‘se joga no assoalho do carro e reza pra papai do céu'”, contou o repórter, revelando o diálogo que teve com sua esposa no tenso momento.

Viga afirmou que a Defensoria Pública tem uma visão de que é preciso a presença das Forças Armadas na Rocinha para acalmar a situação, mas sempre há o receio do “banho de sangue” na ação. O repórter disse ainda que o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, entende que os bandidos estão reagindo porque a polícia encontrou um arsenal que pertenceria a eles.

“Nós não vamos recuar dentro da Rocinha. Ontem nós descobrimos uma grande quantidade de armamentos, drogas, e a gente tá com muitos indícios de traficantes em uma região que a gente está avançando. E temos certeza que a reação que está acontecendo embaixo, no asfalto, é por causa disso”, disse o governador.

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