Teto limita gastos do governo e justifica contingenciamento, diz economista

  • Por Jovem Pan
  • 02/02/2018 16h11 - Atualizado em 02/02/2018 16h12
Marcos Santos/USP Imagens Marcos Santos/USP Imagens Economista prevê que "o cidadão vai experimentar em alguns lugares a interrupção de serviços públicos básicos"

Juan Jensen, economista da 4E Consultoria e professor do Insper, comentou o contingenciamento de gastos do governo federal anunciado nesta sexta-feira (2).

Para Jansen, “o corte está adequado”, embora as contas públicas tenham apresentado resultados melhores do que o esperado nos últimos meses.

“Para 2018, a restrição está muito mais do lado dos gastos do que da receita, que vem reagindo com a recuperação econômica”, explica Jansen, citando a regra do teto dos gastos aprovada pelo próprio governo de Michel Temer.

“Mesmo que o governo tenha surpresas positivas em relação à arrecadação, ele não pode gastar”, diz o economista. Mesmo assim, “não se espera para este ano um conjunto tão grande de receitas extraordinárias como houve ano passado”.

“Parte do contingenciamento é função do teto de gastos; parte é pela incerteza da entrada de receitas pela privatização da Eletrobras”, citou.

O economista apontou ainda as contas apertadas em “vários Estados”, como o Rio de Janeiro, e prevê que “o cidadão vai experimentar em alguns lugares a interrupção de serviços públicos básicos”.

O que também limita a recuperação dos investimentos são as incertezas eleitorais.

Ouça a entrevista completa ao Jornal Jovem Pan:

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.