Justiça mantém prisão de detidos na Operação Custo Brasil

  • Por Jovem Pan
  • 25/06/2016 10h50
Brasília - O ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, preso preventivamente durante a Operação Custo Brasil, é transferido pela Polícia Federal para São Paulo (José Cruz/Agência Brasil) José Cruz/Agência Brasil Paulo Bernardo é transferido para PF em São Paulo - AGBR

Justiça mantém prisão de nove detidos na Operação Custo Brasil, desdobramento da Lava Jato. Entre eles estão o ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo e o ex-tesoureiro do PT Paulo Ferreira, que se apresentou nesta sexta-feira (24).

Os indiciados passaram por audiências de custódia, procedimento que verifica se as prisões tiveram alguma irregularidade.

O procurador da República Andrey Borges de Mendonça afirmou que a defesa de Bernardo teria dito preliminarmente que ele não teria recebido nenhum valor.

“Eles alegam que o senhor Paulo bernardo não teria recebido nenhum centavo e dizem que não haveria os fundamentos da prisão. Neste sentido que foram as manifestações dele e da defesa técnica”, disse.

O Ministério Público está convicto da legalidade da decisão de fazer buscas no apartamento funcional da senadora Gleisi Hoffmann, esposa de Bernardo.

A medida foi criticada até por parlamentares do PSDB, mas o procurador Rodrigo de Grandis disse que ser marido de senadora não garante imunidade.

“Na verdade, o fato do Paulo Bernardo ser casado com uma senadora, não pode conferir a ele uma extensão do foro que pertence a ela. Ou seja, não existe uma imunidade”, explicou.

O Senado, porém, pediu que o Conselho Nacional de Justiça investigue a atuação do juiz responsável pela Operação Custo Brasil.

Paulo Bueno de Azevedo, da 6ª Vara Federal em São Paulo, autorizou busca e apreensão no apartamento funcional de Gleisi Hoffmann.

O ministro do Supremo Tribunal Federal também cobrou explicações da Justiça Federal em São Paulo sobre o procedimento. Celso de Mello quer saber os “precisos limites que impôs à execução da medida de busca e apreensão” na casa da petista.

Até o momento, apenas o advogado Guilherme Gonçalves ainda não foi detido no âmbito da Operação Custo Brasil. Ele está em Portugal e deve se apresentar à Justiça Federal para audiência de custódia na segunda-feira.

Já o ex-tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, se entregou nesta sexta-feira à Justiça Federal em São Paulo. Ele também é suspeito de envolvimento no esquema de fraude que envolve o ex-ministro Paulo Bernardo.

Os nove detidos, que tiveram as audiências nesta sexta-feira, voltaram para a carceragem da Polícia Federal, na Zona Oeste de São Paulo.

A Operação Custo Brasil apura esquema de propina dentro do sistema de crédito consignado oferecido aos servidores do Ministério do Planejamento.

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