Malha ferroviária recebe poucos investimentos e empresários optam por transporte rodoviário

  • Por Jovem Pan
  • 16/12/2015 15h14
SANTOS, SÃO PAULO, BRASIL, 24-07-2008: Trem de carga da empresa ALL (America Latina Logística) desce a serra do mar em trecho da estrada de ferro que liga Santos a Mato Grosso. (Foto: João Wainer/Folhapress) Folhapress Trem de Carga

 Transporte ferroviário brasileiro esbarra em pouco investimento na expansão da malha e sofre com a necessidade de circulação em áreas urbanas. Uma pesquisa da CNT aponta que os trens de carga precisam reduzir a velocidade de 40 km/h para 5 km/h quando entram em uma grande cidade.

A entidade verificou ainda que o setor público investiu quase R$ 13 bilhões em ferrovias entre 2006 e 2014. O setor privado investiu quase o triplo. O diretor executivo da Confederação Nacional do Transporte, Bruno Batista, aponta a necessidade de mais recursos: “A malha é muito pequena, essa é a queixa do empresário que tem que transportar produtos, que não são vocacionados para a malha rodoviária, mas ele acaba tendo que transportar por caminhão porque a malha ferroviária brasileira é muito pequena. Para se ter uma ideia, no Brasil se considerarmos cada 1000 km de área, o país só tem 3,6 km de ferrovia, contra quase 10 km no Chile, 13,5 km na Argentina e 32 km nos Estados Unidos”.

Obras como o Ferroanel, que ainda não saíram do projeto, evitariam que trens de carga perdessem velocidade ao ter que entrar em grandes áreas urbanas. De 2011 a 2014, as principais mercadorias transportadas nas ferrovias brasileiras foram minério de ferro, soja, milho, açúcar e carvão.

Informações do repórter Tiago Muniz

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