Melhorar acesso à saúde é um dos desafios do próximo prefeito de SP

  • Por Jovem Pan
  • 03/08/2016 06h47
Reprodução/ Google Maps Hospital Municipal de Campo Limpo

Entre as maiores queixas dos paulistanos está a insatisfação com o sistema de saúde. Agilizar o agendamento de consultas, exames, cirurgias e o acesso à remédios de graça estão entre os desafios do próximo administrador da maior metropole do País.

No Hospital do Campo Limpo, na zona sul, as reclamações são constantes. O local, visitado pela reportagem da Jovem Pan nesta terça-feira (02), é o campeão de queixas em SP. É o mais criticado dos 17 hospitais da cidade, segundo dados da própria Secretaria Municipal da Saúde obtidos com base na lei de acesso a informação.

A maioria dos pacientes reclama da demora para ser atendido. O mesmo ocorre na UPA que funciona ao lado.

A estudante Cintia Souza, de 17 anos, já enfrentou uma espera de 11 horas. A média, no entanto, não é muito menor. “Seis, sete, oito horas. Para passar na triagem você passa rápido. Mas na hora do médico, demora. Ele fala que é infecção, manda tomar Dipirona que passa. Aí fica com essa de ir e voltar com dor”, contou à repórter Carolina Ercolin.

Mas há casos mais graves. A secretaria de Saúde investiga a morte de um bebê de sete meses Nicollas Protasio da Silva já havia tido alta do hospital e recebia a última medicação antes de deixar a unidade hospitalar quando passou mal, sofreu parada cardiorrespiratória no último dia 22.

Apesar de casos pontuais, a demanda da cidade e as queixas ocorrem em toda a capital.

Segundo o coordenador geral da Nossa São Paulo, Oded Graged, o acesso à saúde é um grande desafio do próximo prefeito. “A maior queixa do paulistano é o acesso à saúde. O tempo de espera que o paulistano tem para marcar consulta, fazer os exames. E depois, caso necessite de intervenção mais radical, o tempo de espera pode ultrapassar um ano”, disse Graged.

O atual prefeito de São Paulo, Fernando Haddad prometeu construir 3 em bairros da periferia. Só entregou um, na Vila Santa Catarina.

A Prefeitura informou que ainda há dois hospitais em obras e um em fase de preparação de edital. Ela informou ainda que a Secretaria Municipal da Saúde está viabilizando 49 UBS Integrais, sendo que nove unidades básicas de saúde já foram entregues, 17 tiveram as obras iniciadas em 2015 e outras 23 estão em fase final de projetos para serem licitadas.

Confira abaixo a reportagem de Carolina Ercolin:

*Informações da repórter Carolina Ercolin

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