Rodrigo Leão avalia: “A TV não consegue competir com o humor da internet”

  • Por Jovem Pan
  • 21/04/2014 15h49

Rodrigo Leão acumula diversas funções em sua carreira

Divulgação Rodrigo Leão vai ao Morning Show

Rodrigo Leão está acostumado a acumular diversas tarefas em seu currículo. O convidado do Morning Show desta sexta (18) é publicitário, colunista do Meio & Mensagem, locutor de publicidade e compositor musical. Em entrevista, ele falou sobre a propaganda no Brasil e lembrou seus tempos de MTV.

Diante de tantas funções, é natural que seu tempo tenha que ser dividido. “Eu me dedico mais à publicidade, que dá mais dinheiro. Mas o que me traz mais prazer é compor”, afirmou.

A carreira musical, inclusive, lhe rendeu bons frutos. Ao lado de Samuel Rosa, do Skank, ele compôs “Saideira”, sucesso que hoje ganhou versão com o guitarrista Carlos Santana, lançada internacionalmente.

“Comecei minha carreira como músico, tinha a banda Professor Antena, compus com Skank e uma série de artistas”, contou, “Quando a música falhou em me sustentar ou eu falhei em me sustentar com ela, por ser sempre letrista, optei por outro caminho”.

Rodrigo também teve rápida passagem pela MTV, como VJ, logo que o canal ganhou versão brasileira. “Vi um anúncio no jornal e fiz um teste para ser VJ. Fiz a entrevista e passei para a segunda fase. Resolvi fazer algo diferente e levei um jacaré de plástico. Na hora que começou, usei o brinquedo como microfone. O surto de riso foi geral e consegui o emprego”, lembrou, divertido.

Seu caminho na publicidade começou quase que por acaso. “Conheci o Washington Olivetto quando abri o show do Lulu Santos e ficamos amigos. Quando me arruinei financeiramente, liguei para ele e consegui um estágio. Acabei dando muito certo”, revelou.

Sobre os caminhos da propaganda atualmente, Leão foi taxativo: “Hoje, o anunciante tem duas maneiras de trabalhar: fazer um produto melhor, isso é básico, ou fazer propaganda que é útil em algum sentido (é engraçada, é bonita ou traz informação)”.

Ele ainda avaliou o ramo no Brasil: “a TV brasileira é excelente, o rádio também. O problema hoje é que a televisão não consegue competir com o humor da internet. A publicidade não aceita cinismo. Roteiristas têm vergonha de fazer aquilo que o público do país quer e procura”, afirmou.

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