Nos EUA, candidato pode ser eleito com menos votos que o adversário; entenda

  • Por Jovem Pan
  • 04/11/2016 07h52
NAP103 NÁPOLES (ITALIA), 18/10/2016.- Figuritas de los candidatos a la presidencia estadounidense, la demócrata Hillary Clinton (d) y el republicano Donald Trump (i), preparadas para formar parte de los tradicionales "belenes napolitanos", en uno de los establecimientos de la calle San Gregorio de Nápoles (Italia) hoy, martes 18 de octubre de 2016. EFE/Cesare Abbate EFE/Cesare Abbate Bonecos dos candidatos Donald Trump e Hillary Clinton - EFE

Todos os dias, uma nova e diferente pesquisa de intenção de voto nos Estados Unidos é divulgada.

Para nós que estamos acostumados com resultados rápidos e simples das urnas, entender a eleição americana é como decifrar um enigma matemático ou estar em uma aula de geografia.

A verdade é que a eleição para a Casa Branca não é direta. Até a próxima terça-feira (08), os cidadãos americanos votam em delegados eleitorais, que respeitam e transmitem o resultado em cada estado.

São 538 deles distribuidos pelas federações. Alguns tem mais do que os outros. Califórnia tem 55 e Texas 38.

Quem for mais votado no estado, por mais que a margem seja bem pequena, leva todos os delegados. Quem somar 270, mais da metade dos 538, é eleito.

Agora, parece improvável, mas esse sistema americano, por mais que dê mais peso a algumas regiões, obriga o candidato a buscar votos nos quatro cantos do país.

O professor de Relações Internacionais da FAAP, Marcus Vinicius de Freitas, afirma que o sistema leva o próximo presidente a sujar os sapatos.

California e Nova York, por exemplo, são os estados com mais delegados. Mas eles não são os focos de atenção porque tradicionalmente elegem democratas.

Agora Flórida, Ohio, Pennsylvania e Colorado são indefinidos. Por esse motivo, Hillary Clinton e Donald Trump vivem fazendo comícios lá.

Sites americanos especializados em política disponibilizam na internet o mapa da situação atual da disputa.

O Real Clear Politics vê Hillary com 226 delegados, Trump com 180 e 132 ainda em disputa.

Com base em pesquisas recentes, os analistas preveem a situação dos estados indecisos, que estão em cinza.

Segundo o site, a democrata venceria de forma apertada por 273 a 265.

Já a CNN é mais otimista com Hillary. Já prevê a vitória da ex-secretária de estado com 272 delegados mesmo 87 ainda em disputa.

É claro que os críticos ao modelo americano sempre lembram de uma eleição. Em 2000, George W Bush foi eleito com menos votos do que o adversário AL Gore.

Só que republicano venceu estados mais importantes como a Flórida, de forma muito apertada, o que levou inclusive à recontagem de votos.

Existe ainda uma outra possibilidade. Neste ano, o estado de Utah pode ser vencido por um candidato independente. Isso pode fazer com que nem Hillary e nem Trump alcancem o número mágico 270.

Nesse caso, caberiam aos deputados elegerem o próximo presidente dos Estados Unidos.

*Informações do repórter Victor LaRegina

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