Obras do primeiro submarino nucelar brasileiro devem atrasar 4 anos

  • Por Jovem Pan
  • 02/06/2016 11h49
Divulgação Raul Jungmann disse que o Rio se encontra em uma "delicada situação"

 A entrega do primeiro submarino nucelar brasileiro será atrasada em três ou quatro anos. O prognóstico negativo foi feito nesta quarta-feira (01º) pelo ministro da Defesa Raul Jungmann, que participou na sede do BNDES no Rio de Janeiro da posse da nova presidente do banco de fomento, Maria Silvia Bastos Marques.

Segundo Jungmann, vários fatores devem influenciar no atraso da obra. É prevista a produção de cinco unidades do equipamento, que ficaria pronto em 2020. O submarino de propulsão nuclear tem mais autonomia, e vinha sendo desenvolvido pela Nuclep, pela Marinha, pela Odebrecht, responsável pela obra civil e também por empresas francesas que detém a tecnologia do mecanismo de propulsão nuclear.

Investigações da Operação Lava Jato ajudaram a barrar a obra, além do contingenciamento de recursos para a pasta da Defesa em 2016, que está com R$ 5 bilhões represados.

A perspectiva agora, segundo Jungmann, é que o submarino só seja entregue em 2024: “O submarino nuclear da Marinha, evidente que sofre com o problema orçamentário. Tivemos um corte de aproximadamente 34% e depois outro, então no orçamento global da defesa tivemos um corte de 41%. Vamos ter que renegociar prazos e alguns contratos. Eu acredito que ficará mais para 2023, 2024”.

Já os caças Gripen, contratados pelo Brasil junto a empresa sueca Saab, devem ser entregues dentro do prazo, mesmo com o problema financeiro e orçamentário brasileiro, isso porque tem financiamento internacional e não depende de recursos do tesouro brasileiro”.

Informações do correspondente da Jovem Pan no Rio de Janeiro, Rodrigo Viga.

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