Confira a edição completa de “Os Pingos nos Is” desta quarta-feira (30/07/2014)

  • Por Jovem Pan
  • 30/07/2014 19h53

No programa Os Pingos nos Is desta quarta-feira Reinaldo Azevedo, Mona Dorf e Patrick Santos comentaram os principais assuntos dos dia. Veja abaixo um resumo do que foi ao ar.

Em seu editoral, Reinaldo Azevedo falou sobre o “terror petista” e questionou aos interesses de quem as análises que os bancos fazem a seus clientes buscarão atender. “A analista que foi considerada a responsável por ter anexado a extrato de correntistas uma análise sobre o comportamento dos indicadores econômicos vis-à-vis à posição de Dilma Rousseff nas pesquisas eleitorais foi demitida. Lula pediu a cabeça da moça a seu amigão, Emilio Botín, presidente mundial do Santander, e o banqueiro deu o que ele queria. Vale dizer: o chefão petista investiu e obteve os devidos dividendos eleitorais. A partir de agora, uma questão está criada — e não só para o banco que troca cabeças por gentilezas do petismo.

Bancos também atuam como consultores de investimentos. Não são meros lugares em que se deposita o dinheiro. Em qualquer democracia do mundo, um episódio como esse nem mesmo seria notícia. Por aqui, virou um escândalo em razão da mistura sempre explosiva de ignorância com má-fé política. Não só isso. Somos também um país viciado em arranca-rabo de classes. Os que receberam a tal avaliação eram correntistas com contas acima de R$ 10 mil. Foram tachados de “ricos” por setores da imprensa. Ricos? Bem, num país em que uma família com renda per capita de R$ 300 já é considerada pelo governo “classe média”, tudo é possível”, disse Reinaldo.

Outro assunto abordado na bancada foi a sabatina promovida pela Confederação Nacional da Indústria nesta quarta-feira com os 3 principais candidatos à presidência da República: Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). A entidade apresentou aos presidenciáveis 42 propostas para melhorar o desempenho do setor no próximo governo. O documento elaborado pela CNI sugere, por exemplo, o fim do acúmulo de tributos sobre circulação de bens e serviços e propõe que a tributação seja feita somente no estado de destino, e não na origem. Na avaliação da entidade, a medida ajudaria a reduzir a desoneração das importações e também estimularia o fim da guerra fiscal.

O primeiro a ser interpelado pelos industriais foi o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Ele defendeu que o país aprove mudanças no sistema tributário e disse que, se eleito, pretende destinar gradativamente mais recursos para obras de infraestrutura. Campos criticou, ainda, os concorrentes, Dilma e Aécio, a quem chama de “velhos políticos”.

Os apresentadores falaram também da participação do senador Aécio Neves na sabatina. Ele defendeu simplificar o sistema tributário e garantiu, que até 2018, seu governo vai aumentar os investimentos totais de 18% para 24% do PIB. Assim como Campos, o senador defendeu a aprovação de uma reforma tributária, mas disse que, se eleito, focará em um primeiro momento na simplificação do sistema de impostos.

O tucano voltou a criticar a política econômica dos governos do PT, que adotaram uma “visão patrimonialista” do Estado brasileiro, lotearam a administração pública e colocaram em xeque o crescimento econômico. Aécio lembrou dos 7 a 1 do governo Dilma (7% de inflação e 1% de crescimento) e foi duro ao falar sobre as relações comerciais com outros países.

Como não poderia ficar de fora, os apresentadores falaram também da participação da presidente. Encerrando o evento, Dilma Rousseff fez um apelo aos empresários para que eles não sejam afetados por “profecias pessimistas”. Para ela, o Brasil entrará em um novo ciclo econômico.

A presidente, que estava acompanhada de vários ministros, ressaltou, ainda, os investimentos da indústria naval e as expectativas de investimentos com o pré-sal. Em seu discurso, ela concentrou a maior parte de sua fala para dizer o que fez em seu governo, e acabou sendo econômica ao listar o que pretende fazer caso seja reeleita.

Assim como os adversários, ela também defendeu a importância da relação comercial do país com Estados Unidos e Europa, mas, diferentemente dos outros, ressaltou também a importância da relação com os países da América Latina e os emergentes, “sem preconceito”.

Confira no áudio acima esses e outros assuntos na íntegra do programa desta quarta-feira.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.