Confira a edição completa de “Os Pingos nos Is” desta quinta-feira (06/11/2014)

  • Por Jovem Pan
  • 06/11/2014 18h56

No programa Os Pingos nos Is desta quinta-feira, Reinaldo Azevedo, Mona Dorf e Patrick Santos comentaram os principais assuntos do dia. Confira abaixo algumas notícias que foram destaque neste 6 de novembro de 2014.

O senador Aécio Neves e o deputado Carlos Sampaio, um dos coordenadores juridicos do PSDB, afirmaram ontem aos Pingos nos IS, que consideram praticamente inevitável a criação de uma nova CPI mista da Petrobrás em 2015 para investigar as denúncias de corrupção envolvendo a estatal, caso a comissão atual encerre suas atividades sem apresentar resultados claros.

Ontem na sua volta ao Senado, Aécio condicionou o estabelecimento de um diálogo com o governo Dilma Rousseff à investigação das denúncias contra a estatal. Segundo ele, o “nível de diálogo” vai depender de “gestos claros” da presidente.

Segundo Aécio Neves, se no encerramento da CPI mista, em dezembro, não estiverem ainda elucidados em profundidade todo o esquema de corrupção na Petrobras, os nomes dos envolvidos e quais eram as ramificações dentro do governo, o caminho será a coleta de assinaturas para uma outra CPI mista, já a partir de primeiro de fevereiro, na reabertura do Congresso.

Atualmente, duas comissões estão em curso no Congresso, a CPI do Senado e uma CPI mista, composta por deputados e senadores.

Aliás ontem, a CPI mista decidiu não convocar políticos, restringindo os requerimentos a pessoas ligadas à Petrobras e ao doleiro Alberto Youssef.

Entre possíveis convocados, que ficaram fora da lista, estão a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Havia também a possibilidade de se convocar Leonardo Meirelles, ex-operador de Youssef, segundo quem Sérgio Guerra, já morto, ex-presidente do PSDB, também teria recebido propina.

Os parlamentares entenderam que esses nomes, se aprovados, iriam monopolizar as atenções da comissão, e todo o resto pareceria irrelevante.

Os apresentadores falaram também da “rebatida” de Ricardo Lewandowski à entrevista do ministro Gilmar Mendes à Folha de São Paulo, que alertou que o Supremo Tribunal Federal não poderia se converter numa corte bolivariana, em referência ao fato de que o PT, no fim de 2016, terá indicado 10 de seus 11 integrante. O presidente do tribunal, o ministro Lewandowski, rebateu o colega e afirmou que o Supremo é independente. Segundo ele, os ministros que compõem a corte têm mostrado independência em relação aos presidentes que os indicam. Além disso, o chefe do Judiciário destacou que a forma de escolha dos ministros é prevista na Constituição. “Eu acho que é uma regra da Constituição (…) a história do STF não tem mostrado isso, tem mostrado total independência dos ministros. O STF se orgulha muito dessa independência enorme que os ministros têm com relação aos presidentes que os indicaram. Essa é a história do tribunal”, disse Lewandowski.

Outro assunto abordado foi a convocação feita pelo ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, ao encarregado de negócios da embaixada da Venezuela no Brasil, Reinaldo Segovia, para pedir explicações sobre o convênio firmado pelo governo de seu país com o MST, na semana passada. O acordo foi celebrado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra e o ministro venezuelano Elias Jaua, sem o conhecimento do Itamaraty. Na linguagem diplomática, a convocação indica grave insatisfação do país com atitude de outro governo. Eu lembro que, em outubro, a babá da família de Elías Jaua, Jeanette Del Carmen Anza, foi detida no aeroporto internacional de Guarulhos, acusada de tráfico internacional de armas. Ela carregava uma maleta com um revólver calibre 38, com munição, e disse que a arma pertencia ao ministro.

Confira no áudio acima, na íntegra do programa, esses e outros assuntos que foram ao ar na edição desta quinta-feira.

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