Confira a edição completa de “Os Pingos nos Is” desta segunda-feira (09/02/2015)

  • Por Jovem Pan
  • 09/02/2015 20h32

Reinaldo Azevedo, Mona Dorf e Patrick Santos comentaram os principais assuntos desta segunda-feira (09) em “Os Pingos nos Is”.

Em seu editorial, o comentarista Reinaldo Azevedo abordou os recentes boatos evolvendo a operação Lava Jato e a popularidade da presidente Dilma Rousseff. Em dois meses, caíram de 42% para 23% os que dizem que seu governo é ótimo ou bom, e dispararam de 24% para 44% os que afirmam ser ele “ruim ou péssimo”, uma movimentação negativa de 39 pontos. Para onde quer que se olhe, o quadro é desanimador para a presidente. Acabou a condescendência: 47% dizem que ela é desonesta, e 54% a veem como falsa. Sessenta por cento acham que ela mentiu na campanha: 46% sustentam que falou mais mentiras do que verdades; para 14%, só mentiras. O escândalo da Petrobras corrói a sua credibilidade.

Confira o editorial completo aqui

Mona Dorf também abordou os números da pesquisa Datafolha em seu destaque. O levantamento mediu a popularidade do governador de São Paulo Geraldo Alckmin e do prefeito da capital paulista Fernando Haddad.

Só 20% dizem que a gestão Haddad é ótima ou boa, contra 44% que a consideram ruim ou péssima. Os números estão bem próximos do seu pior momento, em junho de 2013: 47% a 15%. O saldo negativo, agora, é de 24 pontos.

Esses números de agora são bem diferentes daqueles que o próprio Datafolha divulgou em setembro do ano passado, uma pesquisa que revelava que a gestão Haddad, então, teria 22% de ótimo e bom e só 28% de ruim e péssimo. Esse mesmo levantamento apontava em setembro que 80% dos entrevistados aprovavam as ciclofaixas em São Paulo. Na pesquisa de agora, aqueles 80 caíram para 66%, e cresceu o número dos que são contra a área exclusiva: de 14% para 27%.

Apesar de ser petista, a crise da Petrobras não afeta a imagem do alcaide. Também não deve ter sido unicamente o reajuste da tarifa de ônibus o fato responsável pela avaliação ruim do prefeito. Reinaldo, afinal, o que pesa contra Haddad?

O tucano ainda aparece bem se o compararmos com os petistas, mas que também viu cair seu prestígio. No seu caso, é claro, pesa a crise hídrica e todo o estardalhaço que a mídia faz sobre o tema.

Em outubro, o governador tinha 48% de “ótimo e bom”; agora, 38%. Os que consideram o governo “regular” oscilaram de 34% para 36%, e saltaram de 17% para 24% os que dizem que ele é “ruim ou péssimo”.

*** Confira o programa completo no áudio

Patrick Santos, por sua vez destacou duas entrevistas dadas por Eduardo Cunha, o novo presidente da Câmara dos Deputados. Uma às “Páginas Amarelas”, da VEJA, e outra ao Estadão.

Por meio delas é possível conhecer bem a sua opinião sobre alguns temas: 

Regulação da mídia
Na VEJA: “Sou absolutamente contrário à regulação da mídia, seja de conteúdo, seja de natureza econômica. O PMDB se originou de uma frente para combater a ditadura. A liberdade de expressão e a democracia são princípios fundamentais para o partido. Você pode me xingar e me atacar à vontade. Se eu me sinto ofendido, tenho o direito de recorrer á Justiça. Como diz aquele velho ditado: para má imprensa, mais imprensa.” E no Estadão: “Regulação econômica de mídia já existe. Você não pode ter mais de cinco geradoras de televisão.”

Ainda aborto e casamento gay
NO ESTADÃO: “Quem está pedindo para ser discutido? Qual é a parte do Congresso que está pedindo? Isso é uma minoria. Na VEJA: “Não vejo na Casa uma maioria para aprovar uma eventual proposta que autorize a união civil de pessoas do mesmo sexo”.

Reforma política
NO ESTADÃO: “Eu quis mostrar que eles [os petistas] são o empecilho para a reforma política. Eles ficaram uma arara.”

O PMDB e o governo
Na VEJA: “O PMDB identificou claramente as digitais do governo numa tentativa de desestabilizar o partido. O governo patrocina a criação de outros partidos, e já há uma tentativa de cooptação de parlamentares peemedebistas. O PT decidiu trabalhar deliberadamente pelo esfacelamento do PMDB.”

O PMDB e a candidatura própria
NA VEJA: “Time que não joga não tem torcida, e o PMDB está há muito tempo sem jogar. Prevejo mais dificuldades [com o PT] nas eleições municipais. Nesse momento, a prioridade do PMDB é reagir à tentativa do PT de enfraquecer e reduzir o poder do partido”.

Modelo de partilha do petróleo
NO ESTADÃO: “O modelo [de partilha] não funciona. (…) Não é questão de comprar briga, mas de discutir o assunto. A obrigação de a Petrobrás participar de todos os investimentos não é boa. A Petrobrás não tem condição financeira de dar conta dos investimentos que começou a fazer, que dirá de investimentos futuros. Vai atrasar o País.”

Sobre Pepe Vargas, ministro das Relações Institucionais
NO ESTADÃO – “O Pepe, além de tudo, é inábil no trato. É errado na forma e no conteúdo. O quanto eu puder evitar, eu evito. Mas vamos ver, algum interlocutor com o governo haverá.”

Governo atrapalhado
NO ESTADÃO – “Se, em vez de [os governistas] ficarem correndo atrás de pressionar gente para votar no Chinaglia, tivessem colhido assinaturas, poderiam instalar outras CPIs antes da CPI da Petrobrás. Se tivessem o mínimo de articulação política, tinham feito isso. O governo está perdido politicamente. Se eles não mudarem a articulação, vão ter que mudar o método. Precisa rearranjar essa situação.”

Rui Falcão
NO ESTADÃO – “O Rui Falcão me ligou umas dez vezes esta semana e eu não atendi. Só atendo depois que ele me pedir desculpas pela grosseria que me fez há um ano, disse que eu fazia chantagem.”

Pode ser processado pelo STF? (Se a Lava Jato pode atingi-lo ou não)
NO ESTADÃO: “Não sei. Está tudo esclarecido, estou tranquilo em relação a isso.”

 

 

 

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