Saída de ministro divide opinião dos senadores sobre governo Temer

  • Por Jovem Pan
  • 17/06/2016 15h43
Plenário do Senado durante sessão deliberativa ordinária. Bancada: presidente do Senado Federal senador Renan Calheiros (PMDB-AL); senador Aécio Neves (PSDB-MG). Foto: Jonas Pereira/Agência Senado Jonas Pereira / Agência Senado Senado

 A saída de Henrique Alves do Ministério do Turismo gerou divergência entre os senadores sobre um possível desgaste do governo Temer. Alves é o terceiro ministro de Temer a deixar um cargo.

Para o líder do DEM, Ronaldo Caiado, a dificuldade maior é manter um ministro na esplanada com comprometido em uma investigação da Lava Jato: “Essa é uma posição que a gente tem que aprender a conviver com ela. Você não pode responsabilizar o presidente da república pela vida pessoal de 20 e tantos ministros. Agora, no momento que tem um problema, o cidadão deve ter a grandeza de chegar e apresentar o seu afastamento, a sua demissão”.

Já o líder do PT, Paulo Rocha, diz que a política está podre: “Não tem autoridade para fazer as mudanças que estão tentando fazer no país. Acho que a queda de mais um ministro é proveniente exatamente da podridão do sistema política que está envolvendo todos os partidos políticos do nosso país, por isso o governo Temer não se sustentará”.

Ana Amélia, líder do PP, acredita que as três demissões não prejudicam o governo: “Pelo contrário, a Dilma demitiu sete ministros em 2011, porque fez uma faxina para acabar com os malfeitos e todo mundo aplaudiu o que ela fez. Qual o problema de Temer ter saída de ministro? Nenhum. Tem que fazer, não adianta é assim mesmo, gestor tem que fazer e tomar decisão”.

Além de ter sido citado na delação premiada de Sérgio Machado, Henrique Alves já era investigado pela Lava Jato. Os inquéritos contra o ex-ministro serão enviados para a justiça do Paraná, ao juiz Sérgio Moro.

Informações do correspondente da Jovem Pan em Brasília, José Maria Trindade.

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