Objetivos do Milênio colhem resultados desiguais, aponta a ONU

  • Por Agencia EFE
  • 06/07/2015 12h44

Nações Unidas, 6 jul (EFE).- Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, o maior esforço global para melhorar a vida dos mais desfavorecidos, serão fechados com grandes avanços em âmbitos como a luta contra a pobreza, mas também com áreas nas quais os progressos foram insuficiente, disse nesta segunda-feira a ONU.

“A mobilização global em respaldo dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio produziu o movimento contra a pobreza mais bem-sucedido da história”, disse o secretário-geral da organização, Ban Ki-moon, no último relatório anual sobre estas metas, publicado hoje.

Ban, ao mesmo tempo, ressaltou que apesar dos destacados avanços, “as desigualdades persistem e o progresso foi irregular”.

A ONU destaca as conquistas como a redução da pobreza, o primeiro dos Objetivos do Milênio e cuja meta foi cumprida com cinco anos de antecipação sobre a data final de 2015.

Assim, o mundo conseguiu reduzir a menos da metade o número de habitantes que vivem em extrema pobreza respeito aos níveis de 1990.

Nos últimos 25 anos, mais de 1 bilhões de pessoas saíram da extrema pobreza, ao mesmo tempo que se conseguiu reduzir de forma muito importante o problema da fome, chegando muito perto do objetivo fixado no ano 2000.

A ONU também pôs sobre a mesa os progressos na redução da mortalidade infantil, na escolarização e na luta contra doenças como Aids e malária.

Ao mesmo tempo, reconheceu que os avanços foram muito desiguais e que, em muitos casos, deixaram de lado os mais desfavorecidos.

Apesar dos progressos, por exemplo no acesso à escola ou aos Parlamentos, também continua a desigualdade de gênero e as mulheres seguem enfrentando discriminação no trabalho, na economia e na participação na tomada de decisões pública e privada, segundo as Nações Unidas.

No âmbito do meio ambiente, a ONU destaca o problema do aquecimento global, pois desde 1990 as emissões de dióxido de carbono se aumentaram em mais de 50%, e da escassez de água, que afeta já 40% da população mundial.

As Nações Unidas devem dar continuidade ao trabalho com a aprovação neste ano de uma nova agenda global de desenvolvimento para os próximos 15 anos. EFE

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