Parlasul retoma atividade após receber falso alerta de bomba

  • Por Agencia EFE
  • 09/06/2014 17h58

Montevidéu, 9 jun (EFE).- O parlamento do Mercosul (Parlasul) retomou com normalidade suas atividades nesta segunda-feira, depois de receber um falso alerta de bomba, mas que os bombeiros descartaram.

O porta-voz da Dirección Nacional de Bomberos, Leandro Palomeque, informou à imprensa que as pessoas já tinham recebido autorização para voltar ao prédio, e que eles aguardavam o resultado das inspeções feitas pela polícia, bombeiros e técnicos em explosivos do exército.

O falso alerta de bomba obrigou o esvaziamento do edifício minutos antes do início da sessão plenária na qual seria tratado o projeto de um porto de águas profundas no litoral atlântico uruguaio, com a participação do presidente José Mujica.

Após a ameaça, os bombeiros e a polícia foram imediatamente ao local para dar início as buscas a uma possível bomba, enquanto a equipe do Parlasul, funcionários e delegados dos diferentes países do bloco aguardavam do lado de fora do prédio.

“Perto de uma da tarde (mesma hora em Brasília), recebemos um chamado dizendo que se fizéssemos o porto de águas profundas, o Parlasul voaria em duas horas. Era uma voz gravada, digital. Imediatamente, chamamos à polícia e ocorreu a desocupação”, explicaram à Agência Efe fontes do local.

Apesar do perigo, jornalistas, funcionários do Parlasul e parlamentares permaneceram durante três horas, em meio a grande tranquilidade, na porta do edifício à espera do fim da inspeção.

A sessão do Parlasul, organismo composto por representantes de Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, tem como principal ordem do dia o tema do porto de águas profundas projetado pelo Uruguai como principal assunto.

A iniciativa, uma das maiores em infraestruturas impulsionada pelo governo uruguaio, despertou o interesse da Bolívia e, sobretudo, do Paraguai, para poder enviar seus produtos ao Atlântico de forma mais rápida e acessível a partir de seus respectivos países. Na semana passada, foi anunciado que Mujica iria ao Parlasul para expor a importância que tem para o Uruguai e para a região este projeto.

No começo da manhã, a Mesa Diretora do Parlasul também analisou a viabilidade do porto e recebeu uma comissão interministerial que explicou detalhadamente o plano.

O Uruguai planeja construir no departamento de Rocha, mediante a licitação internacional, um porto de carga para dar saída direta ao oceano de produtos como grãos e mineral.

A iniciativa foi criticada duramente por grupos ambientalistas e moradores da região, dedicada fundamentalmente ao setor turístico por conta de suas praias, pelos danos que um porto como esse causaria ao meio ambiente. EFE

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