Major Olímpio: ‘Demissão do Bebianno seria uma coisa absolutamente injusta’

  • Por Jovem Pan
  • 18/02/2019 16h00 - Atualizado em 17/04/2019 14h16
Fátima Meira/Estadão Conteúdo senador major olimpio olhando para o lado. homem branco de cabelos brancos Senador participou de evento da Fiesp, em São Paulo

O senador Major Olímpio (PSL-SP) disse nesta segunda-feira (18) que torce pela permanência de Gustavo Bebianno na Secretaria-Geral da Presidência e que considera injusta a possível demissão. Olímpio é presidente do PSL paulista, enquanto Bebianno chefiou nacionalmente a sigla do presidente Jair Bolsonaro no período eleitoral.

“Estamos enxergando o óbvio neste momento. Pelo episódio em que foram colocadas eventuais prestações de contas e licitações de recursos em Pernambuco, a demissão do Bebianno seria uma coisa absolutamente injusta”, declarou o senador a jornalistas, depois de participar de almoço na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

“Eu continuo torcendo para que a decisão [de Bolsonaro] seja de permanência, mas é um cargo de confiança, a decisão é dele”, disse. Questionado sobre a atuação dos filhos de Bolsonaro no caso, Olímpio disse que “quem é filho e parlamentar faz a sua condução parlamentar e o papel de filho é ser carinhoso em todas as circunstâncias”.

E acrescentou: “É preciso fazer uma modulação para não haver equívoco em relação a esses papéis.” O senador comentou que ainda que não conversou com o presidente da República sobre o assunto, apenas mandou uma mensagem se colocando à disposição para ajudar e contou que falou com Bebianno e aconselhou “serenidade”.

Polêmica

Hoje ministro do governo, Gustavo Bebianno foi presidente interino do Partido Social Liberal durante o período eleitoral – o titular, Luciano Bivar (PE), estava em campanha por vaga na Câmara. Nesse período, Bebianno é suspeito de autorizar repasse R$ 400 mil em recursos públicos para uma candidata laranja do partido, segundo jornal.

Com a repercussão negativa para Jair Bolsonaro, que teve alta do Hospital Albert Einstein na quarta (13), o ministro disse que teria conversado “três vezes” com o presidente. Em resposta, Carlos, filho de Bolsonaro e vereador no Rio de Janeiro, publicou áudio em rede social, revelando que o pai teria se negado a conversar com o correligionário.

Nesta sexta (15), Bebianno se reuniu com os colegas ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo). Eles o informaram sobre a permanência na estrutura governo federal. Entretanto, em encontro posterior, Bolsonaro teria indicado a exoneração, o que ainda não aconteceu.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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