Bolsonaro retira do ar vídeo que era atribuído à campanha dele

  • Por Jovem Pan
  • 12/10/2018 21h17
Antonio Cruz/Agência Brasil Bolsonaro já atacou o STF no passado
A defesa do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) conseguiu a exclusão de um vídeo político que tem circulado na internet. O ministro Carlos Horbach, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mandou retirar de circulação as imagens que atacam membros do Supremo Tribunal Federal (STF).

No vídeo, aparecem imagens dos ministros Alexandre de Moraes, Ricardo Lewandowski, Celso de Mello, Dias Toffoli, Marco Aurélio Mello e Gilmar Mendes.

“Quem trabalha tá ferrado, nas mãos de quem só engana. Feito mal que não tem cura, estão levando à loucura, o país que a gente ama”, diz trecho da música associada ao vídeo.

A defesa do candidato do PSL afirma que a campanha não tem “qualquer responsabilidade pela confecção e divulgação” do material.

Segundo os advogados de Bolsonaro, a mídia “prejudica a imagem” do candidato, porque o coloca em “linha de colisão com a atuação do Poder Judiciário brasileiro”.

“Induzindo o internauta a concluir que o mesmo seria antidemocrático e que, caso eleito, não respeitaria a atuação e decisões emanadas do dito Poder, o que não é verdade, considerando que o candidato Representante sempre respeitou as decisões não só desse sodalício, mas de todos os juízos e tribunais pátrios”, afirma a defesa.

O vídeo chegou a ser visto por integrante da Corte, segundo apurou o Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Ao decidir, Horbach afirmou que é legítimo, “e até mesmo louvável”, que a campanha busque “coibir excessos em manifestações de apoio a sua candidatura” que “difundem conteúdos prejudiciais a seus interesses eleitorais”. “Tal ação, aliada ao amplo compartilhamento na Internet, tem evidente potencial lesivo para os representantes, que involuntariamente são vinculados a ideias que não corroboram, cuja repercussão negativa no eleitorado lhes prejudica”, afirma o ministro.

Bolsonaro, que já criticou publicamente o STF, declarou uma vez que estudava aumentar de 11 para 21 o número de ministros da Suprema Corte, caso seja o vencedor nas eleições de 2018. “É uma maneira de botar dez isentos lá dentro”, disse em julho durante entrevista à TV Cidade, de Fortaleza (CE).

Com Estadão Conteúdo

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