Em carta, Lula diz que golpe quer tirá-lo de eleições em que é favorito

  • Por Estadão Conteúdo
  • 28/07/2018 12h21
Divulgação/Ricardo Stuckert Mesmo preso e condenado na Lava Jato, Lula deve ser oficializado como candidato ao Planalto no dia 4 de agosto
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou uma carta para que fosse lida neste sábado (28), durante a convenção estadual do partido na capital paulista. No texto, o petista diz que houve “um golpe dentro do golpe com a intenção de tirá-lo das eleições em que é favorito”.

No documento, o petista diz que há representantes do atual governo federal que articularam seu afastamento, mas “não são dignos”. “Não nos representam e não conseguirão nos derrotar”, destacou aos militantes. Lula reforçou a inexistência de provas em sua condenação.

Em seguida, a carta diz que, no dia de hoje, o foco é São Paulo, Estado em que “também estão profundamente fincadas as raízes do PT”. Ao final, o petista reforçou as candidaturas do ex-prefeito de São Bernardo do Campo Luiz Marinho, ao governo estadual, além de Gilmar Tato e Eduardo Suplicy, ao Senado. “Venceremos com Marinho, Gilmar Tato, Suplicy e a força do povo” .

Mesmo preso e condenado na Lava Jato, Lula deve ser oficializado como candidato ao Planalto no dia 4 de agosto, em encontro nacional do PT na capital paulista. O partido organiza um evento com a militância para registrar a candidatura do ex-presidente no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, no próximo dia 15.

Haddad: “Se Lula concorrer, disputa termina no 1ºturno”

Em discurso, o ex-prefeito de São Paulo e coordenador do programa de governo do PT, Fernando Haddad, afirmou que “se Lula disputar as eleições para a Presidência, sabemos que termina no primeiro turno”.

Em sua fala, Haddad destacou a ausência de provas na condenação de Luiz Inácio Lula da Silva pela Lava Jato e confirmou as palavras do ex-presidente citadas em uma carta, lida anteriormente. Lula enfatizou sua inocência e a existência de um golpe para afastá-lo da corrida pelo Planalto.

Haddad foi a primeira autoridade do partido a chegar e um dos nomes mais representativos do evento. No entanto, não assumiu protagonismo como alternativa de candidato à Presidência, na eventual ausência de Lula. Há rumores de que o ex-prefeito esteja agindo nos bastidores neste sentido, porém, de maneira sutil. A simples presença de Haddad na conferência e sua ação como principal interlocutor de Lula seriam sinais de que o ex-prefeito poderia ser uma segunda aposta do partido.

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