Cabo Daciolo, Ciro e Haddad trocam farpas em mais um debate ameno

  • Por Jovem Pan
  • 26/09/2018 20h20 - Atualizado em 26/09/2018 20h30
ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Debate foi promovido pelo SBT em parceria com UOL e Folha de S. Paulo

O SBT, em parceria com o jornal Folha de S. Paulo e o site de notícias UOL, realizou nesta quarta-feira (26) o quinto debate televisionado de candidatos à presidência. Recheado de promessas, críticas ao PT e algumas farpas trocadas, o protagonismo foi de Cabo Daciolo, do Patriotas. O candidato armou ataques a alguns adversários e profetizou que será “presidente da república no primeiro turno com 51% dos votos”, repetindo exaustivamente seu “bordão” de “Glória a Deus”.

Logo no primeiro bloco, Daciolo indagou ao candidato do PDT, Ciro Gomes, o motivo pelo qual ficou internado no Sírio Libanês e não em um hospital público – o pedetista foi internado nesta terça-feira, 25, para um procedimento de próstata. Ciro, em resposta, disse que não seria demagogo e que fazia parte dos 20% de brasileiros que poderia pagar por um plano de saúde.

O Cabo também chamou a atenção da internet ao falar que é a favor das cotas raciais. “Uma pessoa que diz que vai tirar o FIES, o Bolsa Família, o ProUni, essa pessoa nunca passou necessidade, nunca pegou um transporte público”. Ainda aproveitou a deixa de uma pergunta sobre as mulheres para mandar um beijo para a mãe e a mulher que estavam presentes na platéia. “Mãe, te amo”, disse por fim, arrancando risos dos demais candidatos.

No geral, as mulheres foram um assunto bastante debatido. Marina Silva (Rede), por exemplo, trocou o discurso sustentável para “falar diretamente com você, mulher” e entoou “vocês sabem como é difícil ser mulher, analfabeta até os 16 anos, ex-empregada doméstica no Brasil. Temos aqui 8 candidatos e sou a única mulher”, explicou.

Em seu segundo debate como presidente, Fernando Haddad (PT) respondeu a críticas da maioria dos outros candidatos em relação ao seu partido e aos governos de seus apoiadores, os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. No segundo bloco, por exemplo, quando perguntado por um jornalista se seria um presidente “teleguiado” por Lula, respondeu que se sentia orgulhoso de ser advogado do ex-presidente e que ele havia sido “preso injustamente”. Haddad ainda afirmou que Ciro Gomes, apesar de falar que não faria aliança com o PT, o chamou para ser vice de uma possível chapa com ele a qual apelidara de “dream team”.

Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Alvaro Dias (Podemos) e Henrique Meirelles (MDB) atuaram de escanteio durante todo o embate e preferiram permanecer num tom mais ameno, fazendo promessas e sustentando propostas de campanha já ditas em debates anteriores.

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