#DebateBand: Venezuela, Marielle, aborto e reformas entram na pauta do 2º bloco, mas não esquentam debate

  • Por Jovem Pan
  • 09/08/2018 23h30 - Atualizado em 09/08/2018 23h36
NILTON FUKUDA/ESTADÃO CONTEÚDO Destaque do evento foi a sua 'chochice', brincou Caio Rocha

O segundo bloco do debate teve perguntas feitas por jornalistas selecionados, o que acabou esfriando o embate entre os candidatos. Diferentemente do primeiro bloco, quando as perguntas direcionadas acabaram iniciando alguns dos “duelos” esperados, como Alckmin x Marina, as questões formuladas envolveram temas delicados, como a situação da Venezuela, a legalização do aborto e a reforma trabalhista e da previdência, mas não acirraram os ânimos.

Questionado sobre segurança pública, Alckmin citou sua gestão no Governo para lembrar que diminuiu o número de assassinatos em São Paulo e afirmou que vai enfrentar duramente o crime organizado. Em sua fala, Bolsonaro atacou os direitos humanos, afirmando que os policiais são desvalorizados e que os “cidadãos de bem” devem ter o direito de andar armados para enfrentar os criminosos.

Ciro Gomes foi perguntado sobre dois temas: reforma da previdência e reforma trabalhista. Segundo ele, a reforma trabalhista é uma “selvageria” e será mudada. “Temos que fazer uma reforma que proteja o trabalhador”. Sobre a previdência, ele disse que vai propor um novo sistema de previdência, com um novo regime de capitalização. Já Alckmin voltou a defender a reforma trabalhista feita por Michel Temer e atacou o imposto sindical.

Cabo Daciolo foi questionado sobre o déficit fiscal e disse que a crise é mentirosa, afirmando que existem muitos sonegadores no Brasil: “Dinheiro é o que mais tem. Reduzindo os tributos, a receita aumenta”. Boulos também bateu na tecla de que “dinheiro tem”, mas ressaltou que ele está mal distribuído no Brasil. Afirmou ainda que fará a “Bolsa Banqueiro” e a “Bolsa Empresário”.

Fronteira da Venezuela foi o próximo tema. Henrique Meirelles disse que a situação dos venezuelanos é dramática, mas ressaltou que pretende assegurar que o brasileiro não chegue ao mesmo patamar: “temos que agir para que o regime mude e os venezuelanos queiram voltar para o país”. Já Álvaro Dias lembrou que seria “perverso” expulsar os imigrantes.

Por fim, Boulos comentou sobre a questão do aborto e afirmou que ninguém é a favor do tema, mas que as mulheres precisam ter direito de fazer o procedimento quando houver essa necessidade sem correr risco de vida. Já Marina citou diversos pontos de vista sobre o tema, mas, mais uma vez, não se posicionou de fomra contundente e afirmou que faria um plebiscito para definir a questão, pedindo a opinião da população.

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