‘Dirceu não está na campanha nem participará do meu governo’, diz Haddad no JN

  • Por Jovem Pan
  • 08/10/2018 21h17 - Atualizado em 08/10/2018 21h41
Rommel Pinto/Estadão Conteúdo Petista destacou que seu eventual governo só fará reformas através de emendas constitucionais

O Jornal Nacional da TV Globo exibiu na noite desta segunda-feira (8) uma breve entrevista ao vivo com o candidato à presidência Fernando Haddad (PT). Questionado sobre a manutenção da nossa democracia pelos apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos, o petista reforçou seu “compromisso” com a Constituição de 1988 e disse que não concorda com afirmações feitas recentemente por José Dirceu, ex-ministro do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, sobre “tomar o poder” no país.

“Em primeiro lugar, nós revimos nosso posicionamento [sobre a convocação de uma nova constituinte]. Nós vamos fazer as reformas devidas por emenda constitucional. Primeiro, a reforma tributária. No Brasil quem paga mais imposto é o pobre, os muito ricos não pagam nada proporcionalmente. A segunda é a bancária. Não é possível continuar convivendo com essas taxas de juros. Com os juros baixos, as pessoas voltam a investir, a contratar. São duas medidas essenciais para a retomada do crescimento. A terceira reforma é o fim do congelamento de gastos. Agora, sobre o Dirceu, o ex-ministro não participa da minha campanha e nem participará do meu governo. Discordo dessa afirmação”, declarou.

“É uma grande satisfação estar no segundo turno. Uma honra poder participar dessa situação em que vamos poder confrontar dois projetos e vai ficar mais claro a natureza de cada um. Nós do lado da social democracia, do Estado de bem-estar social que garante o direito do cidadão, do trabalhador, que cumpre a Constituição de 1988 que ampliou oportunidades. Um projeto que visa gerar empregos e oportunidades educacionais”, completou.

Os apresentadores, então, cederam alguns minutos para o candidato falar diretamente com o espectador sobre suas expectativas em relação ao segundo turno da eleição presidencial, disputado no próximo dia 28 de outubro contra Jair Bolsonaro (PSL).

“Em apenas 20 dias de campanha atingi 29% dos votos. Mais de 30 milhões. [Queremos as pessoas] com uma carteira assinada em uma mão e um livro em outra. Com espírito desarmado em virtude do desejo de promover desenvolvimento com inclusão social. Desenvolvimento a poucos não é desenvolvimento. A economia pode até crescer, mas não se estabelece. O verdadeiro desenvolvimento é o compartilhado com todos – sobretudo os mais vulneráveis. É esse projeto de Brasil que defendemos no segundo turno (…). O futuro da democracia está em jogo. Seus direitos sociais e trabalhistas também. por isso queremos respeitosamente pedir seu apoio”, finalizou.

Bolsonaro também foi entrevistado em seguida. Veja aqui como foi.

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