Geraldo Alckmin decide retomar críticas a Jair Bolsonaro após reunião com Centrão

  • Por Jovem Pan
  • 18/09/2018 20h00 - Atualizado em 18/09/2018 20h35
FÁBIO VIEIRA/FOTORUA/ESTADÃO CONTEÚDO geraldo alckmin O candidato à presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, visita o circuito de compras do Brás, na região central de São Paulo

Após uma reunião com aliados do Centrão na tarde desta terça-feira (18), em São Paulo, o candidato à Presidência da República Geraldo Alckmin (PSDB) decidiu retomar os ataques ao concorrente do PSL, Jair Bolsonaro, líder nas pesquisas de intenção de voto, em seu horário eleitoral.

Além disso, o tucano vai reforçar o tom antipetista em sua campanha. A ideia do candidato e de seus aliados é pregar o voto útil com o argumento de que votar em Jair Bolsonaro significa carimbar o passaporte do PT no 2° turno.

A reunião foi convocada pelo prefeito de Salvador, ACM Neto, coordenador político da campanha de Alckmin, e reuniu dirigentes do PR, PSD, PTB, PRB, SD e PSDB no comitê do programa de governo, no Jardins, na zona sul da capital paulista.

No encontro, que contou com a presença de Valdemar Costa Neto, do PR, Roberto Freire, do PPS, Guilherme Mussi, do PP, Silvio Torres, do PSDB, e o marqueteiro Lula Guimarães, Alckmin e seus auxiliares apresentaram aos aliados do Centrão as mudanças que serão feitas na estratégia de campanha e tentaram tranquilizar o grupo.

Segundo relatos de participantes do encontro, os dirigentes dos partidos da coligação que apoiam Alckmin temem que Bolsonaro possa vencer no 1° turno ou ir para o 2° com Fernando Haddad, candidato do PT.

“Não há hipótese dessa eleição acabar no 1° turno. Esqueça. Essa é a eleição mais pulverizada desde 1989″, disse ACM aos jornalistas na saída do encontro. Ainda segundo o prefeito de Salvador, o ataque a Bolsonaro na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais, deixou todos os candidatos em “compasso de análise”.

“Enquanto um dos candidatos lutava pela vida, não era razoável fazer um determinado tipo de enfrentamento político. Mas não iremos, em 7 de outubro, viver uma eleição entre a prisão e uma facada”, disse ACM. “Não podemos deixar de evidenciar as fragilidades da candidatura de Bolsonaro”, concluiu.

Com informações de Agência Estado

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